Austrália declara estado de emergência por incêndios florestais
A Austrália declarou, nesta terça-feira (12), estado de emergência em parte do leste do país. O motivo são os incêndios florestais registrados há uma semana, que já atingiram os arredores de Sydney. Pelo menos três pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas, incluindo 20 bombeiros, por consequência da devastação pelas chamas, que queimaram cerca de 200 edifícios.
O Corpo de Bombeiros Rural divulgou, também nesta terça-feira, que 85 focos de incêndio permanecem ativos – mais da metade fora de controle e pelo menos 14 deles no nível de emergência.
Cerca de três mil soldados combatem as chamas em um dia com condições “catastróficas”. A temperatura deve atingir 37º com rajadas de vento de até 65 quilômetros por hora. “O comportamento das chamas no front dos incêndios florestais está sendo fortalecido pelos ventos quentes e secos”, disse o comissário do Corpo de Bombeiros Rural, Shane Fitzsimmons, alertando que as piores condições são esperadas à noite.
A cidade de Johns River, localizada a 275 quilômetros de Sydney, é uma das áreas mais afetadas pelos incêndios. No bairro de South Turramurra, 14 quilômetros ao norte de Sydney, foram declarados dois surtos e outras partes da cidade permanecem em alerta devido à proximidade do fogo.
O comissário do Corpo de Bombeiros Rural alertou para a “dificuldade de controlar incêndios” e pediu às pessoas nas áreas de risco a “deixarem suas casas agora” e irem aos centros para desalojados antes que a situação piore. Em resposta, milhares de pessoas saíram de suas residências. Mais de 600 escolas permanecem fechadas.
Além dos três mil bombeiros, voluntários e 60 aeronaves carregadas com água combatem o fogo ao longo de uma faixa de mil quilômetros. Desde o início do ano, os incêndios queimaram mais de 9 mil quilômetros quadrados, quase o dobro do tamanho do Distrito Federal.
A estação de incêndio na Austrália varia de acordo com a região do país e as condições climáticas, embora geralmente sejam registradas no verão do sul (entre dezembro a março). Nos últimos anos, os incêndios florestais no país – que este ano também sofreu uma seca severa – aumentaram em intensidade e especialistas vinculam essa virulência aos efeitos das mudanças climáticas.
*Com informações da Agência EFE
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