Áustria adota medidas de restrições exclusivas para pessoas não vacinadas contra a Covid-19
Cidadãos não imunizados só poderão sair de casa para trabalhar, estudar, fazer compras essenciais, ir ao médico e se vacinar; pessoas que ainda não se curaram da infecção também deverão ficar isoladas
O governo da Áustria decidiu neste domingo, 14, adotar novas medidas de restrições sociais, mas exclusivamente para pessoas não vacinadas contra a Covid-19 e as infectadas pelo novo coronavírus que ainda não se curaram. A medida passa a valer a partir da meia noite da próxima segunda-feira, 15. “A situação é séria. A quarta onda [da pandemia] nos afeta plenamente. Isso se deve à variante delta [do coronavírus], mas também à baixa taxa de vacinação”, disse o chanceler federal, o conservador Alexander Schallenberg, à imprensa neste domingo. 65% da população adulta está vacinada na Áustria, o que coloca o país no final da lista de imunidade entre os países da Europa ocidental. A medida será aplicada até o dia 24 de novembro, com a opção de prorrogação, mas que deverá ser aprovada em nova votação no parlamento austríaco.
A partir de segunda-feira, as pessoas não vacinadas e as não curadas só vão poder sair de casa para atividades específicas como trabalhar, estudar e fazer compras de primeira necessidade. Além disso, poderão sair na rua também para ir ao médico e se vacinar. Fica proibido a essas pessoas fazer compras não essenciais, ir a restaurantes, bares, academias, eventos culturais e esportivos, entre outros. A nova medida será controlada pela polícia austríaca de maneira aleatória, com multa pelo descumprimento de até 500 euros para as pessoas e de até 3.600 euros para estabelecimentos que não cumprirem as normas.
De acordo com o chanceler, a incidência da infecção de Covid-19 entre as pessoas não vacinadas na Áustria está em torno de 1.700 casos por 100.000 habitantes, em sete dias, e com forte tendência de alta, enquanto a incidência entre os vacinados é de 383 casos por 100.000 pessoas, com tendência de baixa. Schallenberg afirmou que o governo deve proteger as pessoas não vacinadas e as não curadas, reduzindo o contato social entre as duas partes da população. “A porcentagem de vacinação é vergonhosamente baixa e, sem subi-la, não poderemos sair deste ciclo vicioso [da pandemia”, afirmou o conservador.
*Com informações da EFE
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