Autoridade Palestina pede intervenção internacional contra Israel após aprovação de novas colônias na Cisjordânia

Ministra das Relações Exteriores, Varsen Aghabekian, acusa a comunidade internacional de ‘complacência’ e classifica de ‘inúteis’ as declarações e as demonstrações de repúdio sem a tomada de ações

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2025 13h24
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Reprodução / @embaixada_palestina_brasil A Ministra das Relações Exteriores da Palestina, Senhora Varsen Aghabekian Shaheen, foi recebida pelo Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e pela Secretária-Geral das Relações Exteriores, Embaixadora Maria Laura da Rocha, no Palácio do Itamaraty. Durante o encontro, o Ministro Vieira reafirmou o compromisso do Brasil com a solução pacífica do conflito e a defesa da solução de dois Estados. Após a reunião com o Ministro Vieira, a Ministra Varsen Aghabekian Shaheen participou de consultas políticas com a Secretária-Geral Embaixadora Maria Laura da Rocha. Durante as discussões, Palestina e Brasil abordaram diferentes meios para ampliar a cooperação bilateral em áreas como agricultura e educação, além do apoio brasileiro à Palestina em diversas organizações internacionais. A Ministra das Relações Exteriores da Palestina, Varsen Aghabekian, e Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no Itamaraty 

O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu nesta quarta-feira (20) uma “verdadeira” intervenção internacional e a imposição de sanções contra Israel, depois que o governo de Benjamin Netanyahu aprovou a construção de novos assentamentos que dividem o norte e o sul da Cisjordânia ocupada. “(É necessária) uma verdadeira intervenção internacional e a imposição de sanções à ocupação para obrigá-la a deter a aplicação de seus planos e a cumprir o consenso internacional sobre a solução da questão palestina”, disse em comunicado, divulgado pela agência oficial palestina “Wafa”, a ministra Varsen Aghabekian.

No texto, Aghabekian acusa a comunidade internacional de “complacência” e classifica de “inúteis” as declarações e as demonstrações de repúdio sem a tomada de ações, já que os assentamentos israelenses em território palestino são ilegais, segundo o direito internacional. “As meras declarações de condenação e denúncia são inúteis neste caso e não protegem a solução de dois Estados, especialmente à luz da jactância pública oficial de Israel de atacar o Estado palestino e trabalhar para frustrar a oportunidade de implementá-lo”, acrescentou.

A construção das colônias na área “E1”, que ocorrerá a leste de Jerusalém, estava congelada há mais de duas décadas devido à pressão internacional e dos Estados Unidos. Sua localização é estratégica porque esta área unia as principais cidades palestinas de Ramala, no norte da Cisjordânia, com Belém, no sul. Após sua aprovação hoje, em comunicado, o ministro das Finanças e colono israelense, Bezalel Smotrich, assegurou que “o Estado palestino está sendo destruído, não com lemas, mas com fatos”.

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Mais de 700 mil colonos israelenses vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ambos territórios ocupados por Israel desde a guerra de 1967. Além disso, o governo israelense apoia abertamente a presença de colonos com a criação de estradas, o fornecimento de eletricidade e subsídios a famílias judias que se mudam para a Cisjordânia.

*Com informações da EFE

 

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