Bachelet denuncia condições degradantes de imigrantes nos EUA: ‘consternada’ com situação de crianças

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2019 11h44 - Atualizado em 08/07/2019 11h46
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EFE Alta comissária da ONU disse que crianças dormem no chão e não tem acesso a alimentos ou medicamentos

A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, denunciou nesta segunda-feira (8) as condições degradantes dos imigrantes detidos nos Estados Unidos e pediu que se busquem alternativas para eles não sejam privados de sua liberdade. Ela ressaltou a existência de crianças vivendo de forma humilhante

“Como médica, mas também como mãe e presidente, me causa consternação que haja crianças que precisam dormir no chão e em instalações que estão superlotadas, sem acesso adequado a atendimento médico nem alimentos, e em péssimas condições de saneamento”, declarou Bachelet por meio de uma declaração emitida pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) em Genebra.

Os escritórios do ACNUDHno México e na América Central também documentaram várias violações de direitos humanos contra migrantes e refugiados que estão em trânsito rumo aos Estados Unidos. Entre os abusos identificados estão o uso excessivo da força, detenções arbitrárias, separação de famílias, negação de serviços essenciais, assim como repatriações e expulsões forçadas.

Bachelet afirmou que as crianças, em particular, nunca devem ser detidas por razão de seu status migratório ou separadas de suas famílias, e que exige que as autoridades americanas encontrem alternativas que não impliquem em sua detenção. Várias instâncias de direitos humanos da ONU estabeleceram que as prisão de crianças migrantes podem ser consideradas como “tratamento cruel, desumano e degradante, que é proibido pelo direito internacional”.

Em qualquer caso em que haja a detenção de um migrante, esta deve ser pelo período mais curto possível e em condições que respeitem seus direitos.

Ela também fez questão de reconhecer o que muitas organizações civis e indivíduos estão fazendo por conta própria para oferecer ao migrante assistência vital e alguma esperança, e considerou “inconcebível” que aqueles que agem assim corram o risco de enfrentar um processo penal.

*Com informações da Agência EFE

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