Banco Mundial: Previsão de crescimento da América Latina cai para 0,9%
O Banco Mundial (BM) reduziu nesta quinta-feira, 4, para 0,9% a previsão de crescimento econômico para a América Latina em 2019. Há seis meses, a previsão para este ano era expansão de 1,6%. O número caiu gradativamente desde outubro.
Segundo relatório, o desempenho das economias do Brasil, do México e da Argentina, além da Venezuela, puxou o número para baixo.
Para 2020, excluindo a Venezuela, o BM prevê que América Latina e Caribe crescerá 2,7%. A previsão completa da região ainda não foi calculada pela falta de dados sobre a Venezuela.
O economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Carlos Vegh, disse esperar que os países da região desenvolvam redes de proteção social para apoiar a população mais pobre e vulnerável durante os ciclos de desaceleração econômica.
“Os programas sociais que ajudam a absorver o impacto das crises econômicas são comuns nos países desenvolvidos, mas não estão suficientemente propagados nesta parte do mundo”, destacou Vegh.
Para o diretor do BM, esta é uma agenda social “pendente” na região para assegurar que “aqueles que recentemente escaparam da pobreza não deem nenhum passo atrás”.
Neste sentido, o vice-presidente do BM para a região, Axel van Trotsenburg, disse que, em tempos “desafiadores” para a economia, “é mais importante do que nunca que os países façam as reformas necessárias para impulsionar um crescimento sustentável e inclusivo”.
Para o Brasil, o crescimento previsto pelo Banco Mundial é de de 2,2% em 2019. Para a Argentina, que começou o ano imersa em uma severa recessão, a projeção é de que o PIB caia 1,3% neste ano, menos do que a contração de 2018, que foi de 2,5%. E para o México, a organização espera um crescimento de 1,7% em 2019.
A situação na Venezuela continua preocupando profundamente o BM, que acredita que o país está sofrendo “a pior crise da história moderna” da América Latina. O BM considera que as condições socioeconômicas “continuam se deteriorando rapidamente” devido à queda no preço do petróleo, às políticas “altamente distorsivas” do governo, a um ajuste fiscal desordenado e a uma má gestão econômica.
*Com EFE
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