Biden mantém política de Trump e usará voo para deportação em massa de brasileiros

Os Estados Unidos fretaram um avião para trazer de volta cerca de 130 pessoas; número de apreensões na fronteira com o México voltou ao patamar recorde de 2019

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2021 14h26 - Atualizado em 17/05/2021 16h50
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EFE/EPA/TASOS KATOPODIS / POOL O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixa a Casa Branca para coletiva de imprensa ao ar livre A decisão mostra que o governo de Joe Biden manterá algumas políticas imigratórias estabelecidas pelo seu antecessor, Donald Trump

Os Estados Unidos fretaram um avião para levar cerca de 130 brasileiros de volta ao seu país de origem na próxima quinta-feira, 20. Os voos com deportados ao Brasil tornaram-se frequentes durante o governo de Donald Trump e serão adotados pela primeira vez pelo presidente Joe Biden. Em 2021, o número de brasileiros que tentaram entrar nos Estados Unidos de forma irregular pela fronteira com o México voltou aos patamares de 2019, após sofrer queda no ano passado devido à pandemia do novo coronavírus. Naquele ano, a imigração ilegal por brasileiros bateu recorde: a Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos (CBP, na sigla em inglês) registrou 18 mil apreensões. Atualmente, pelo menos 300 brasileiros que viajaram com suas famílias inteiras estão retidos em abrigos no Texas. Além deles, há também no mínimo 30 menores de idade brasileiros que tentaram cruzar a fronteira dos Estados Unidos sozinhos ou acompanhados de adultos que não são seus responsáveis legais. Eles estão sob custódio do governo norte-americano e vivem em abrigos não só no Texas como também na Califórnia e em Illinois. Os 130 imigrantes que serão deportados ainda essa semana já deveriam ter deixado os Estados Unidos. A viagem só não aconteceu antes porque o governo norte-americano teve que providenciar para todos exames RT-PCR, que são obrigatórios para os passageiros que entram no Brasil. Os voos de deportação sistemáticos dos Estados Unidos para o Brasil foram autorizados pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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