Boris Johnson decreta três semanas de quarentena obrigatória no Reino Unido
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, decretou nesta segunda-feira (23) uma quarentena obrigatória para os habitantes do país por pelo menos três semanas para tentar conter a propagação do novo coronavírus.
Somente será permitida a ida de pessoas às ruas para fazer compras, uma atividade física por dia (correr, caminhar ou andar de bicicleta), por razões médicas ou para cuidar de pessoas vulneráveis, assim como para ir ao trabalho em caso de “necessidade absoluta”, disse o chefe do governo britânico.
A partir desta noite, a polícia enquadrará quem decidir descumprir as medidas adotadas, conforme explicou o premiê, em discurso feito na residência oficial de Downing Street.
Até o momento, o governo britânico havia se limitado a recomendar que a população mantivesse o “distanciamento social” e havia decretado o fechamento de pubs, restaurantes e outros locais de lazer.
Com o anúncio desta segunda, todos os estabelecimentos comerciais que não vendam produtos essenciais, como lojas de roupa e eletrônica, assim como espaços religiosos, deverão manter as portas fechadas. As únicas cerimônias autorizadas são os funerais.
Os parques seguirão abertos para permitir que as pessoas façam exercícios ao ar livre, no entanto, as forças de segurança impedirão qualquer reunião com mais de duas pessoas que não vivam na mesma casa.
O endurecimento das medidas no Reino Unido chega depois que nesta segunda foram identificados 967 novos casos de infecção pelo coronavírus, elevando o total em todo o Reino Unido para 6.724. Além disso agora são 335 mortes, 54 a mais do que neste domingo.
“Sem um enorme esforço nacional para deter o avanço deste vírus chegaria uma situação em que nenhum sistema de saúde poderia fazer frente. Porque não haveria respiradores, leitos de tratamento intensivo, médicos e enfermeiros suficientes”, afirmou Johnson.
Antes do início do discurso do chefe de governo, o ministro de Relações Exteriores, Dominic Raab, pediu que todos os turistas britânicos e viajantes de curta duração que estiverem fora do Reino Unido, que voltem imediatamente, embora haja restrições de voo em diversos países.
*Com informações da EFE
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