Boris Johnson é eleito primeiro-ministro do Reino Unido
Boris Johnson foi eleito líder do Partido Conservador britânico e, por consequência, primeiro-ministro do Reino Unido, de acordo com o resultado da eleição interna da legenda, divulgado nesta terça-feira (23).
Johnson, que era o favorito para suceder Theresa May, concorria contra o atual ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, em um processo eleitoral que tinha começado no último mês junho após o anúncio da renúncia da premier devido à crise do Brexit.
Nas últimas semanas, os 160.000 filiados conservadores votaram nestas eleições internas, depois que os deputados do partido realizaram várias rodadas de votação para ir eliminando os candidatos – um total de 10 – até que restassem dois.
Segundo os dados apresentados nesta terça-feira pela legenda, Johnson recebeu 92.153 votos, frente aos 46.656 de Hunt, enquanto a participação se situou em 87,4%.
Após ser proclamado líder conservador, em um evento que aconteceu no centro de conferências Queen Elizabeth II, em frente ao Parlamento de Westminster, Johnson agradeceu o “serviço” dedicado por Theresa May ao partido e ao Reino Unido.
Em um apaixonado, mas muito breve discurso, o novo líder conservador garantiu que “unirá” o Reino Unido, ao qual pretende passar “a energia e o espírito de que podemos fazer as coisas”.
Além disso, agradeceu aos membros da sua legenda pela extraordinária “honra” que lhe conferiram.
“Sei que haverá gente por aí que questionará o julgamento da decisão de vocês”, acrescentou Johnson, que foi criticado pelos setores conservadores que estão a favor de um Brexit suave.
A mudança de primeiro-ministro acontecerá amanhã quando May comparecer ao palácio de Buckingham para apresentar formalmente sua renúncia à rainha Elizabeth II e comunicar-lhe que seu partido tem um novo líder.
Depois, o novo premier irá ao palácio para realizar a audiência de rigor com a chefe de Estado, antes de deslocar-se à residência de Downing Street para começar a nomear seus ministros.
Alguns membros do governo de May já anteciparam sua intenção de não servir sob o mandato de Johnson, entre eles o pró-europeu titular de Economia, Philip Hammond; o ministro da Justiça, David Gauke, e o responsável por Cooperação Internacional, Rory Stewart.
Durante a campanha interna, Johnson deixou claro que cumprirá o prazo de 31 de outubro do Brexit, um processo que classificou como “tudo ou nada”, o que fez soar os alarmes sobre a possibilidade de que o país saia da União Europeia sem pacto algum.
*Com Agência EFE
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