Brasil assina Tratado para Proibição de Armas Nucleares

  • Por EFE
  • 20/09/2017 12h46
PETER FOLEY/EFE Pelo menos 42 países assinaram o tratado hoje mesmo, ainda que mais nações devem se comprometer com o mesmo ao longo do dia

Os primeiros países começaram a assinar nesta quarta-feira o novo Tratado da ONU para a Proibição de Armas Nucleares – entre eles o Brasil-, um texto aprovado em julho por mais de 120 Estados, mas boicotado pelas potências atômicas.

O documento foi aberto à assinatura das partes na sede das Nações Unidas, aproveitando a presença de numerosos líderes internacionais por causa da Assembleia Geral.

Pelo menos 42 países assinaram o tratado hoje mesmo, ainda que mais nações devem se comprometer com o mesmo ao longo do dia.

A América Latina teve um grande protagonismo na negociação do texto e vários países do continente o assinaram hoje mesmo, entre eles Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

O documento entrará em vigor uma vez que 50 nações tenham completado os processos nacionais de ratificação.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, foi o encarregado de abrir o texto à assinatura, qualificando o mesmo de “histórico” e lembrando que é o primeiro tratado multilateral de desarmamento aprovado em mais de duas décadas.

“O tratado é um importante passo para o objetivo global de um mundo livre de armas nucleares”, destacou Guterres, que sublinhou que para alcançar essa meta é preciso “diálogo” e ações “práticas”.

Na cerimônia também discursou Luis Guillermo Solís, presidente da Costa Rica, país que esteve à frente das negociações.

No tratado, os assinantes se comprometem, entre outras coisas, a não desenvolver, adquirir, armazenar, usar ou ameaçar usar armas nucleares ou outros dispositivos explosivos nucleares.

O documento inclui, além disso, procedimentos para que os países com armas nucleares que queiram se somar destruam os seus arsenais.

No entanto, por enquanto todas as potências nucleares se mantiveram foram do processo, incluídos os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido).

Tampouco participaram os outros quatro países que dispõem de bombas atômicas (Coreia do Norte, Paquistão, Índia e Israel) nem, com a exceção da Holanda, os membros da Otan, que em vários casos têm armas nucleares americanas distribuídas em seu território.

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