Câmara dos EUA abre processo de impeachment contra Donald Trump

  • Por Jovem Pan
  • 24/09/2019 18h24 - Atualizado em 24/09/2019 18h39
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EFE Republicano teria tentado "recrutar poder estrangeiro para interferir a seu favor" na eleição de 2020

Nancy Pelosi, presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (24) que a Casa abriu um processo formal de impeachment contra o presidente norte-americano Donald Trump.

O pedido acusa o republicano de tentar “recrutar poder estrangeiro para interferir a seu favor” na eleição de 2020 ao supostamente pedir para o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, ajudar seu advogado a investigar o filho de Joe Biden, principal pré-candidato democrata no pleito. A conversa teria acontecido por meio de um telefonema em julho deste ano.

“O presidente deve ser responsabilizado. Ninguém está acima da lei”, afirmou Pelosi. O pronunciamento foi compartilhado nas redes sociais.

A Câmara, agora, pode aceitar ou não o processo por maioria simples (218 de 435 deputados). Segundo o jornal “The New York Times”, 172 (171 democratas e 1 independente) já se declararam favoráveis à medida. O julgamento é feito em seguida no Senado, onde dois terços dos 100 senadores precisam aprovar a medida.

Trump pode seguir no cargo durante as investigações.

Entenda o caso

Donald Trump teria pedido no dia 25 de julho ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que ajudasse seu advogado, Rudolph Giuliani, a investigar Hunter Biden, filho de Joe Biden que integrou o conselho de uma empresa de gás ucraniana.

O conteúdo dessa conversa, feita por telefone, foi divulgado por um agente de segurança do governo dos EUA que alegou que o presidente tinha “colocado em perigo a segurança nacional”. Em entrevista à CNN, Giuliani confirmou a veracidade da conversa.

Na ocasião, a Ucrânia esperava pela aprovação de uma ajuda militar no valor de US$ 250 milhões. Após a divulgação da conversa, a verba foi suspensa pela Casa Branca.

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