Caminhoneiros canadenses bloqueiam principal fronteira com EUA em protesto contra vacinação obrigatória

Manifestação denominada “Comboio da Liberdade” faz com que motoristas tenham que procurar rotas alternativas

  • Por Jovem Pan
  • 08/02/2022 22h59
Geoff Robins / AFP Fila de caminhões interrompe passagem Auxílios para caminhoneiros e taxistas foram criados na esteira da alta dos combustíveis em 2022

Grupos de caminhoneiros canadenses que protestam há dias contra medidas aplicadas ao longo da pandemia de Covid-19 bloquearam com seus veículos a principal passagem da fronteira entre Canadá e Estados Unidos nesta terça, 8. Os líderes do protesto autointitulado “Comboio da Liberdade” interromperam a passagem na travessia internacional Ambassador, que liga a cidade de Windsor (em Ontário, no Canadá) a Detroit (em Michigan, nos EUA), e é a mais movimentada entre os dois países. A Polícia de Windsor informou nesta terça-feira que o “congestionamento” continua e recomendou que os motoristas procurem rotas alternativas, como a ponte Blue Water, que liga Sarnia (Ontário) a Port Huron (Michigan). Na véspera, a Polícia de Windsor pediu aos manifestantes para “não colocarem em perigo a ordem pública” e advertiu que “aqueles que cometerem crimes serão investigados e acusados”.

Mais de 60% dos canadenses se opõem às manifestações do movimento antivacina e dos grupos radicais que foram até a capital, Ottawa, para protestar contra as medidas de contenção da pandemia, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça. Em debate de emergência na Câmara dos Comuns do Parlamento na segunda, 7, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que após mais de uma semana de ocupação no centro de Ottawa, o protesto “tem de parar” e os manifestantes têm de voltar para casa. Trudeau disse também que o protesto está “bloqueando” a democracia e a economia do Canadá. Os protestos começaram em 29 de janeiro, quando se formou o “Comboio da Liberdade”, organizado por caminhoneiros que se opõem à vacinação obrigatória contra a Covid-19.

*Com informações da EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.