Caminhoneiros protestam e realizam paralisação na Argentina por falta de diesel

Segundo os organizadores, os atos respondem à falta de pronunciamento dos Ministérios do Trabalho, Transportes e da Secretaria de Energia

  • Por Jovem Pan
  • 22/06/2022 16h29 - Atualizado em 22/06/2022 17h07
REUTERS/Adriano Machado ICMS no diesel Dados divulgados pela (Fadeeac) aponta que 21 dos 24 distritos em que o país está dividido estão sofrendo com problemas de abastecimento de diesel

Os sindicatos dos transportes da Argentina realizam nesta quarta-feira, 22, protestos e bloqueios de estradas em diferentes partes do país contra a falta de diesel, as sobretaxas e o aumento dos custos que estão enfrentando. Segundo os organizadores, os atos respondem à falta de resposta dos Ministérios do Trabalho, Transportes e da Secretaria de Energia, mesmo com o governo de Alberto Fernández anunciando a intenção de aumentar as importações de diesel, combustível amplamente utilizado para máquinas agrícolas, caminhões e ônibus de passageiros, entre outros.

Na província de Tucumán, os protestos já duram dois dias e foram convocados pela Associação de Transportadores de Carga de Tucumán que denunciam que naquela região do noroeste da Argentina não recebem combustível e pagam por ele um preço mais alto do que em outros distritos, o que levou a paralisação da colheita de açúcar, conforme anunciado pela indústria açucareira. Segundo dados divulgados nesta quarta pela Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte de Cargas (Fadeeac), 21 dos 24 distritos em que o país está dividido estão sofrendo com problemas de abastecimento de diesel.

A mobilização de hoje provocou o caos no trânsito, pois caminhões bloquearam a rodovia que liga a cidade de Buenos Aires à de La Plata, capital da província de Buenos Aires. Em entrevista a Rádio La Redm, Santiago Carlucci, o presidente do grupo Transportistas Unidos da Argentina, declarou: “Depois de quatro meses avisando sobre a situação dolorosa que estávamos começando a passar, tivemos que sair para manifestar e valorizar nosso trabalho”. A escassez ocorreu paralelamente a um aumento acentuado do preço do diesel, em um cenário de aumento generalizado ao nível internacional dos preços da energia desde a invasão russa da Ucrânia, e uma lacuna no preço permitido na bomba local.

*Com informações da EFE 

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