Candidato de esquerda da Colômbia é denunciado por sequestro na Espanha

Gustavo Petro, que disputa o segundo turno das eleições presidenciais colombianas, era membro da extinta guerrilha M-19

  • Por Jovem Pan
  • 30/05/2022 15h19 - Atualizado em 30/05/2022 15h28
EFE/Mauricio Dueñas Castañeda Gustavo Petro Gustavo Petro, candidato de esquerda à Presidência da Colômbia, venceu o primeiro turno das eleições ao conquistar 40% dos votos

O político Gustavo Petro, candidato da esquerda colombiana, foi constatado em uma queixa de um tribunal de Madri pelo sequestro de um jornalista quando era membro da extinta guerrilha M-19. A informação foi confirmada por fontes judiciais a AFP nesta segunda-fera, 30. Filiado ao partido Colombia Humana, Petro foi confirmado neste final de semana para disputar o segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia ao lado do empresário Rodolfo Hernández. O resultado eleitoral será descoberto após o dia 19 de junho, quando população do país sairá para votar no candidato de sua escolha.

O juiz Joaquín Gadea da Audiência Nacional — tribunal de Madri encarregado de assuntos complexos — determinou que a Justiça espanhola poderia ter jurisdição no caso do sequestro do jornalista Fernando González Pacheco, por ter nacionalidade espanhola. A denúncia foi admitida. O magistrado determinou que três requisitos sejam cumpridos para que a investigação comece: que se verifique junto às autoridades colombianas que Petro não foi perdoado, que se determine que Gonzales Pacheco, já falecido, era de fato espanhol, e que seus familiares decidam processar o colombiano.

A denúncia foi apresentada em março por François Roger Caard, advogado que em 2018 tentou, sem sucesso, na Colômbia, cancelar o registro da candidatura de Petro, alegando que ele não havia sido anistiado por crimes cometidos quando pertencia ao M-19, que depôs as armas em 1990. Na Audiência Nacional, Cavard acusou Petro de crimes contra a humanidade, como “um dos maiores responsáveis” da guerrilha urbana, que em seus anos de atividade teria cometido crimes como “assassinatos seletivos, ataques com explosivos, massacres, sequestros e tortura, tratamento cruel e desaparecimentos”. O Ministério Público espanhol solicitou o arquivamento da denúncia, considerando que os tribunais espanhóis não tinham competência para investigá-la

*Com informações da AFP

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.