Cardeal francês condenado por encobrir abusos é absolvido
Philippe Barbarin, cardeal e arcebispo de Lyon, condenado em primeira instância a seis meses de prisão por encobrir casos de pedofilia na diocese, foi absolvido pela justiça francesa após recurso. Ele chegou a apresentar sua renúncia ao Papa Francisco após a condenação, em março de 2019, mas o líder da igreja católica recusou o pedido e preferiu aguardar o resultado do pedido de revisão.
O religioso, de 69 anos, foi acusado de ter ocultado os abusos e estupros cometidos pelo clérigo Bernard Preynat entre 1971 e 1991, cuja sentença em outro julgamento será proferida em 16 de março.
Em primeira instância, o Tribunal Correcional de Lyon considerou que ele havia ocultado os fatos para “preservar a instituição”, e decidiu contra Barbarin, um dos clérigos mais influentes da França. A sentença foi classificada como simbólica e bem recebida pelas associações de vítimas.
Barbarin é amigo pessoal de Francisco, e deu um passo atrás em sua trajetória na Igreja. Embora a renúncia não tenha sido aceita, ele se afastou da linha de frente do trabalho pastoral e deu a impressão que não voltaria a liderar a diocese de Lyon, independentemente do resultado do recurso.
Advogado do arcebispo, Andre Soulier se disse satisfeito com a absolvição. Para a defesa, Barbarin, que não compareceu ao tribunal, não poderia “expurgar todos os pecados cometidos” na instituição, e que o cardeal havia sido transformado em um “bode expiatório”.
* Com informações da EFE.
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