Carlos Ghosn acusa executivos da Nissan de fazer ‘complô’ contra ele
O brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan Motor e Renault, acusou os executivos da empresa japonesa de tramar um “complô” contra ele, por “medo de que a companhia pudesse perder sua autonomia” durante a integração com a fabricante francesa. Em um vídeo divulgado nesta terça-feira (9) pelos advogados de Ghosn, que foi gravado antes de o executivo ser detido novamente, o executivo afirmou que é “inocente de todas as acusações” apresentadas contra ele.
Na gravação, de oito minutos, ele afirma que as acusações foram tiradas de contexto e distorcidas para mostrá-lo como um ditador ganancioso. Os advogados do brasileiro disseram que editaram o vídeo, omitindo a menção de nomes específicos feita por Ghosn. Contudo, ele acusou executivos da Nissan de má gestão e falta de visão para o futuro.
Na quarta-feira da semana passada (3), Ghosn convocou, por meio de sua conta no Twitter, uma entrevista coletiva, na qual prometeu “contar a verdade” sobre o caso.
A primeira vez que o brasileiro foi detido foi em novembro do ano passado. Ele é acusado de sonegar US$ 84 milhões de dólares entre 2010 e 2018. Ghosn foi preso pela segunda vez na última quinta-feira (4), quase um mês depois de ter ganhado liberdade.
Destituição
Nesta segunda-feira (8), acionistas da Nissan aprovaram a destituição de Carlos Ghosn como conselheiro da companhia. O empresário esteve à frente do cargo nos últimos 20 anos.
Além da destituição de Ghosn, foi aprovada também a retirada como conselheiro de Greg Kelly, ex-diretor próximo a Ghosn. Ele é considerado peça-chave nas irregularidades das quais o agora ex-executivo é acusado.
*Com informações da Agência EFE
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