Casa Branca: prejuízo econômico dos EUA pelo fechamento do governo é pior que o esperado

  • Por Jovem Pan
  • 16/01/2019 15h43 - Atualizado em 16/01/2019 16h48
JIM LO SCALZO - EFE Esta já se tornou a maior paralisação do governo dos EUA na história, chegando a 26 dias nesta quarta-feira (16)

Kevin Hassett, assessor econômico da Casa Branca, sede do governo dos EUA, disse em entrevista à FOX que o prejuízo econômico oriundo do fechamento do governo realizado por Donald Trump será pior do que o previsto e poderá resultar na queda da atividade econômica de 0,13% por semana.

“Fizemos um cálculo preliminar logo no início da crise que foi um pouco menor e estudamos mais à medida que se prolongou e constatamos que na realidade. O prejuízo é um pouco pior devido aos empreiteiros do governo, que foram excluídos da primeira análise”, disse.

Hassett explicou que a estimativa inicial previa queda de um décimo percentual na atividade econômica a cada duas semanas. A paralisação do governo já está na sua quarta semana. A consequência, até agora, foi a perda de quase 0,5% na atividade econômica.

Os problemas, no geral, devem começar a aumentar. Isso porque, na última sexta-feira (11), funcionários federais não receberam seus cheques salariais.

Às vésperas de completar um mês de paralisação do governo, o presidente estadunidense não indica recuo na decisão. O fechamento que promoveu tem como objetivo forçar a oposição democrata a aprovar um financiamento para o muro que ele deseja construir na fronteira com o México. O valor estimado para a construção é de cerca de US$5,7 bilhões.

Cerca de 800 mil funcionários foram afetados. A paralisação, até o momento, gerou prejuízos na casa dos US$ 3,6 bilhões e, caso se prolongue, pode chegar aos US$ 6 bilhões. Este é o fechamento mais longo da história dos EUA.

Discurso do Estado da União

A presidente da Câmara dos Representantes do Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, pediu ao presidente Donald Trump que adie a realização do tradicional discurso do Estado da União, agendando para o dia 29 de janeiro. Trata-se de uma espécie de prestação de contas do governo.

“Tristemente, devido aos problemas de segurança e a menos que o governo reabra esta semana, sugiro que trabalhemos conjuntamente para determinar outra data adequada, depois que o governo tenha reaberto, para este discurso, ou que considere apresentá-lo por escrito ao Congresso em 29 de janeiro”, disse a democrata.

*com informações da EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.