Governo da Catalunha pede reunião para negociar solução política

Joaquim Torre, chefe de governo da Catalunha, também disse que a “violência não é nossa bandeira” se referindo aos casos de confronto que aconteceram durante os protestos nos últimos dias

  • Por Jovem Pan
  • 19/10/2019 16h30
EFE Protestos Catalunha Presidente da Espanha pediu que o governo regional da Catalunha condene os protestos violentos "com veemência"

O chefe do governo da Catalunha, Joaquim Torra, pediu neste sábado (19) ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, uma reunião para negociar uma solução política para encerrar os protestos na região.

Neste sábado, Barcelona e outras cidades catalãs entraram no sexto dia de protestos, que começaram após a condenação de líderes que lutam pela independência da comunidade autônoma.

Mais cedo, ao visitar o gabinete que monitora os distúrbios provocados pelos manifestantes, Torra pediu que os protestos sejam pacíficos e disse que a violência “não é nossa bandeira”, referindo-se aos casos de vandalismo e confronto entre a polícia e manifestantes ocorridos nesta sexta-feira (18), durante uma greve geral. “Nenhuma forma de violência nos representa”, afirmou.

Ao responder ao pedido do governador da Catalunha, o primeiro-ministro espanhol rebateu e disse que Torra “deve condenar veementemente a violência, o que ainda não fez”.

Na segunda-feira (14), o Supremo Tribunal da Espanha condenou os líderes que tentaram declarar a independência da região em 2017 a penas de prisão de até 13 anos.

O ex-vice-presidente da Generalitat (governo da Catalunha), Oriol Junqueras, foi condenado, por unanimidade, a 13 anos de cadeia por delito de sedição e má gestão de fundos públicos, por ter organizado um referendo considerado ilegal com dinheiro público.

Os ex-conselheiros da Jordi Turull (ex-conselheiro da presidência), Raul Romeva (ex-conselheiro do Trabalho) e Dolors Bassa (ex-conselheira para as Relações Exteriores) também foram condenados.

As condenações de líderes independentistas são consideradas “inaceitáveis” pela Assembleia Nacional Catalã (ANC).

*Com informações da Agência Brasil

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.