Chanceler ucraniano acusa soldados russos de estuprarem mulheres em cidades invadidas

Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia pediu que Putin seja julgado por ‘crime de agressão’ após invasão ao país

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2022 14h59 - Atualizado em 04/03/2022 15h42
  • BlueSky
TIMOTHY A. CLARY / AFP - 23/02/2022 Kuleba ministro de relações exteriores Dmytro Kuleba acusou soldados russos de estuprar ucranianas

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou nesta sexta-feira, 4, soldados russos de estuprar mulheres em cidades ucranianas invadidas. “Quando bombas caem sobre nossas cidades, quando soldados estupram mulheres em cidades ocupadas e, infelizmente, temos muitos casos de soldados russos estuprando mulheres em cidades ucranianas, é claro que é difícil falar sobre a eficácia do direito internacional”, afirmou Kuleba em um encontro virtual organizado pelo instituto londrino de estudos em relações internacionais Chatham House.

O chanceler também pediu a criação de um tribunal criminal especial para julgar o “crime de agressão” cometido pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. “É a única ferramenta que temos para garantir que, no final, todos os que tornaram essa guerra possível sejam levados à justiça e que a Federação Russa, como país que cometeu um ato de agressão, também seja responsabilizada”, acrescentou. O Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia anunciou na segunda-feira a abertura de uma investigação sobre a situação na Ucrânia, citando possíveis “crimes de guerra” e “crimes contra a humanidade”. No entanto, a Corte está impedida de julgar “crimes de agressão” – ataques de um Estado a outro planejados por um líder político ou militar – já que Rússia e Ucrânia fazem parte dos países que não ratificaram o Estatuto de Roma.

*Com informações da AFP

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.