Chile atinge 800 mortes por Covid-19 e é 2º país que mais desrespeita isolamento

  • Por Jovem Pan
  • 26/05/2020 17h54
EFE/EPA/Peter Foley Até hoje, havia 329 respiradores mecânicos disponíveis em todo o país e a taxa de ocupação de leitos chegava a 86%

O Ministério da Saúde do Chile anunciou, nesta terça-feira (26), 3.964 novos casos de Covid-19 e 45 mortes nas últimas 24 horas, o que eleva para 77.961 o total de contágios, e para 806 o número de óbitos desde o início da pandemia no país.

Entre os infectados, 1.202 estão hospitalizados em unidades de terapia intensiva, sendo 1.029 conectados a respiradores mecânicos e 229 em estado crítico.

Até hoje, havia 329 respiradores mecânicos disponíveis em todo o país e a taxa de ocupação de leitos chegava a 86%. Na região Metropolitana, onde estão localizadas a capital e a maioria dos casos, a ocupação alcança 95%.

Mais equipamentos

Antes da divulgação dos dados pelos subsecretários da Saúde e das Redes Assistenciais, o ministro da Saúde, Jaime Mañalich, afirmou que o número de casos e de mortes por Covid-19 estava se estabilizando em cerca de 4.000 ocorrências e 40 óbitos por dia.

Segundo o secretário de Estado, o número de respiradores mecânicos que chegam ao país até ao final de junho está aumentando.

“Se antes pensávamos em chegar a 4.300 leitos com ventilação mecânica até ao final de junho, esse compromisso subiu para 4.859 com respirador, estamos falando de mais 550 unidades que estão chegando ao país”, disse.

Desrespeito à quarentena

Mañalich também comentou os resultados de uma pesquisa realizada pelo Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos, publicada na segunda-feira, que colocou o Chile como o segundo país (entre 58) que menos respeita as medidas de isolamento social e de lavagem das mãos.

“A informação publicada ontem pelo Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos EUA que indica que o Chile é o segundo pior (país) no cumprimento das medidas de isolamento, lavagem das mãos e permanência em casa nos preocupa muito porque esta falta de responsabilidade significa que a pressão sobre o nosso sistema de saúde, sobre os nossos trabalhadores, continuará a ser intensa”, afirmou o chefe do Ministério da Saúde.

O ministro e os dois subsecretários aproveitaram os discursos para pedir aos cidadãos que respeitem as medidas impostas pelo governo, evitando reuniões sociais, multidões e respeitando a quarentena, além de lavarem constantemente as mãos.

* Com EFE

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