Chile tende à ‘queda consistente’ de novos casos de Covid-19, diz ministro

Juan Ignacio Roncoroni/EFE País está adotando "quarentena seletiva e estratégica", ou seja, decretando ou suspendendo o confinamento segundo a evolução dos contágios

As autoridades de saúde do Chile registraram oito mortes causadas por Covid-19 nas últimas 24 horas, o que aumenta para 147 o total de vítimas. O governo ampliou a quarentena obrigatória para outras três partes da capital, onde houve um “aumento importante” dos contágios.

Desde ontem foram diagnosticados 325 novos casos, elevando para 10.832 o número de infectados desde o início da pandemia no país. O ministro da Saúde, Jaime Mañalich, disse haver uma “tendência de queda bastante consistente” no número de novas contaminações diárias.

“A duplicação de casos até o número atual demorou 22 dias para se materializar, o que é uma quantidade muito esperançosa”, analisou em entrevista coletiva.

As pessoas que se recuperaram da doença já são 4.969. De acordo com o ministro, “em mais alguns dias” os recuperados podem superar o número de casos ativos, que atualmente é de 5.716.

Os doentes em unidades de terapia intensiva “não variaram nos últimos 10 ou 12 dias”, ficando em uma quantidade de aproximadamente 380, afirmou Mañalich, ao garantir que há 521 respiradores mecânicos livres.

Ampliação da quarentena

Como tem ocorrido a cada terça-feira, as autoridades competentes aplicaram a quarentena obrigatória em alguns lugares e a suspenderam em outros.

Três partes de Santiago ficarão em confinamento total a partir da noite desta quinta-feira: Quinta Normal (oeste), Pedro Aguirre Cerda (sul) e a parte sul de Independencia (norte). Nesses três locais houve “um aumento importante da incidência de novos casos”, parâmetro avaliado pelo Ministério da Saúde a cada 15 dias.

Por outro lado, será suspensa a quarentena em Chillán e Chillán Viejo, San Pedro de La Paz e Hualpén, que, segundo o ministro, “conseguiram de alguma maneira quebrar a curva e permitir que a situação da saúde melhorasse”.

Essas medidas fazem parte da “quarentena seletiva e estratégica” que o governo chileno tem realizado desde que a pandemia foi confirmada no país, em 3 de março, e que o diferencia dos demais países latino-americanos.

Esse modelo se baseia em decretar ou suspender o confinamento segundo a evolução dos contágios. O presidente, Sebastián Piñera, descartou aplicar a quarentena obrigatória em todo o território nacional.

* Com EFE