China acena com mudança de posição e se dispõe a ajudar em cessar-fogo na Ucrânia

Governo chinês, um dos poucos que não havia condenado a invasão autorizada por Vladimir Putin, divulgou comunicado no qual diz respeitar a ‘soberania e integridade territorial de todos os países’

  • Por Jovem Pan
  • 01/03/2022 21h47 - Atualizado em 01/03/2022 21h47
CH010 PEKÍN (CHINA) 14/04/2017.- El ministro de Asuntos Exteriores chino, Wang Yi, interviene durante la rueda de prensa que ofreció junto a su homólogo francés, Jean-Marc Ayrault (no fotografiado), tras su reunión en Pekín (China), hoy, 14 de abril de 2017. EFE/WU HONG WU HONG/EFE O governo da China também afirmou que está 'extremamente preocupado' com o dano que o conflito causa aos civis

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou, nesta terça-feira, 1º, que Pequim está pronta para buscar um cessar-fogo e uma solução diplomática para a guerra entre Rússia e Ucrânia. Na primeira conversa de Yi com o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, desde o início da invasão, em 24 de fevereiro, a autoridade chinesa disse estar “extremamente preocupado” com os danos que o conflito no Leste Europeu causa aos civis. Em um comunicado divulgado após o diálogo, que ocorreu por telefone, o governo chinês afirmou que “a Ucrânia está disposta a fortalecer as comunicações com a China e espera que a China desempenhe um papel na realização de um cessar-fogo”, acrescentando que a nação asiática defende a “soberania e integridade territorial de todos os países”.

A manifestação de Pequim representa uma mudança de posição da China em relação à invasão da Ucrânia. Na votação da resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que condenou o ataque, os chineses se abstiveram – Índia e Emirados Árabes foram os outros dois países que não se posicionaram contra os ataques autorizados pelo presidente russo, Vladimir Putin. Além disso, a China vinha atribuindo à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a culpa pelo início da guerra. No comunicado oficial, a administração chinesa destaca que uma das prioridades, neste momento, é “evitar que o conflito aumente ou mesmo saia do controle”. “À medida que a guerra continua a se expandir, a principal prioridade é aliviar a situação para evitar que o conflito aumente ou mesmo saia do controle, especialmente para evitar danos a civis e garantir o acesso seguro e oportuno à ajuda humanitária”, diz um trecho do documento.

 

Imagem do mapa ucraniano com regiões afetadas pela invasão da Rússia

Infográfico com regiões da Ucrânia atingidas por explosões e bombardeios

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