China adota fiscalização de segurança máxima em Xangai para combater protestos contra política de Covid zero

Cidadãos têm se manifestado para acabar com medidas restritas adotadas originalmente para evitar a contaminação pelo vírus, mas que tem tido um impacto negativo na economia do país

  • Por Jovem Pan
  • 28/11/2022 19h16
EFE/EPA/JEROME FAVRE protestos china Manifestantes seguram folhas de papel em branco durante uma vigília pelas vítimas da política de COVID-zero da China

Como resposta à onda de protestos contra a política Covid Zero, autoridades chinesas enviaram centenas de policiais e patrulhas para fiscalizar as ruas de Xangai, maior cidade da China, na noite de segunda-feira, 28. A medida tem como objetivo impedir manifestações populares que contestam o lockdown imposto pelo presidente Xi Jinping, vistos pela população como prejudiciais ao país. Os protestos ocorrem há cerca de oito meses, mas se intensificaram nesta semana após dez pessoas morrerem em um incêndio na quinta-feira, 24. O incidente gerou indignação nas redes sociais, uma vez que os confinamentos prejudicaram o resgate das vítimas. No domingo, 27, houve confronto entre forças policiais e manifestantes na região próxima à rua Wulumuqi e agentes permanecem no local para evitar que novos manifestações se iniciem. Segundo informações da agência AFP, no local, havia 12 viaturas em um raio de cem metros. Além disso, apenas nesta segunda-feira, 28, quatro pessoas foram presas. De acordo com a população ouvida pelos jornalistas, o clima na cidade se encontra tenso e policiais tem inspecionado os telefones de cidadãos.

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