Com tensões acirradas, China acusa Estados Unidos de provocar ‘nova guerra fria’

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2020 10h50
EFE/EPA/Stefani Reynolds As relações entre China e EUA, que já eram ruins antes da pandemia, com guerra comercial intensa, pioraram depois da propagação da Covid-19

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou, neste domingo (24), que os Estados Unidos estão levando as relações com o país asiático ao limite de um conflito do pós Segunda Guerra Mundial, em que a União Soviética era pivô da inimizade com os americanos.

“Demos conta que algumas forças políticas dos Estados Unidos estão tomando como reféns as relações sino-americanas e empurrando nossos países para uma nova Guerra Fria”, afirmou o chanceler, durante entrevista coletiva concedida durante a Assembleia Nacional Popular (ANP).

O integrante do governo garantiu que as principais potências mundiais estão perdendo com o confronto, já que “ganham com a cooperação”. Por isso, Wang Yi, defendeu um modo de convivência pacífica, já que ambas têm grande responsabilidade para manter a paz mundial.

As relações entre China e EUA, que já eram ruins antes da pandemia, com guerra comercial intensa, pioraram depois da propagação da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. O presidente americano, Donald Trump, atacou o país asiático, o acusando de criar em laboratório o patógeno e esconder informações.

O chanceler chinês pediu que o governo dos Estados Unidos deixe de gastar “um tempo valioso” e deixe de ignorar as vidas. Para Wang Yi, as duas nações deveriam aprender uma com a outra e compartilhar experiência na luta para conter a propagação da doença.

“Esse vírus político é o uso de cada oportunidade para atacar e desprestigiar a China. Alguns políticos fabricam muitas mentiras e inventam conspirações demais”, disse.

Além disso, o ministro das Relações Exteriores do país asiático deixou um alerta para todos os governos defensores da ideia dos EUA, de que os chineses deverão pagar uma compensação por terem sido a origem da pandemia da Covid-19.

“Estão sonhando acordados”, concluiu.

*Com Agência EFE

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