China registra queda no número de infecções pelo novo coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2020 15h11
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EFE Os casos de Covid-19 continuam concentrados em Hubei, no centro-leste do país, onde hoje foram registrados 1.693 novos casos e outras 132 mortes

O último relatório oficial das autoridades de saúde da China informou nesta quarta-feira (19) que, pela primeira vez, a quantidade de pacientes que superaram o coronavírus excedeu o número de recém-infectados: 1.824 recuperados nas últimas 24 horas contra 1.749 infectados.

Além disso, o número de novos casos confirmados fora da província de Hubei, epicentro do surto, já acumula 15 dias consecutivos de declínio: 56 casos foram relatados hoje, bem abaixo dos 890 detectados em 3 de fevereiro.

Um total de 14.376 pessoas já superaram a doença, que, segundo relatado hoje pela Comissão Nacional de Saúde, se espalha mais facilmente se as pessoas permanecerem em ambientes relativamente fechados por períodos prolongados.

Embora o vírus seja transmitido principalmente por gotículas respiratórias, o que requer contato físico próximo, as infecções também são comuns devido à exposição a espirros ou outras secreções corporais.

Mortes

Os casos de Covid-19 continuam concentrados em Hubei, no centro-leste do país, onde hoje foram registrados 1.693 novos casos e outras 132 mortes. Na China, 2.004 pessoas já morreram pelo coronavírus.

O país tenta retomar a normalidade diante das preocupações não apenas pelo contágio da doença, mas também pelas consequências econômicas desta crise.

Em resposta, o governo chinês anunciou hoje que adotará uma “abordagem múltipla” para facilitar as operações comerciais e empregos, com medidas específicas como reduzir ou isentar contribuições de empregadores para a seguridade social, em um esforço para sustentar o crescimento.

Quarentena dificulta vida de soropositivos

As medidas de quarentena tomadas em várias partes da China pelo coronavírus, juntamente com o congestionamento de muitos hospitais para tratar pacientes com o Covid-19, dificultam o acesso dos soropositivos chineses aos anti-retrovirais e outros tratamentos, alerta o Unaids.

Uma pesquisa com membros deste programa das Nações Unidas com as autoridades chinesas, mostra que um terço dos portadores de HIV no país correm o risco de ficar sem anti-retrovirais em questão de dias devido a restrições de movimentos e quarentena em muitas cidades chinesas.

Além disso, quase metade das pessoas ouvidas ressaltou que não sabe onde obter novos medicamentos para continuar seu tratamento (geralmente crônico na maioria dos soropositivos), devido à impossibilidade de retornar aos seus locais de origem ou à superlotação de muitos hospitais.

* Com EFE

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