Na China, Wuhan retoma atividades após diminuição do coronavírus
Algumas das principais indústrias de Wuhan, cidade chinesa no epicentro do surto do novo coronavírus, foram informadas de que podem retomar as atividades nesta quarta-feira (10). O município de 11 milhões de habitantes está interditado desde o final de janeiro.
A montadora de veículos japonesa Nissan disse que pretende retomar parcialmente a produção em duas fábricas chinesas. Sua concorrente Honda disse que alguns funcionários voltaram ao trabalho na fábrica de Wuhan e que retomará a produção gradualmente.
A decisão acontece um dia depois de o presidente Xi Jinping visitar a localidade pela primeira vez desde o início do surto e afirmar que a maré está virando a favor do governo. Ao todo, 80.778 pessoas já foram infectadas e 3.158 morreram pelo novo vírus na China.
Ao mesmo tempo, autoridades de outros locais do país reduziam os níveis de reação de emergência contra a epidemia e suavizavam as restrições de viagem. O governo da província de Hubei, por exemplo, publicou um comunicado dizendo que os funcionários do transporte público de Wuhan, e trabalhadores envolvidos na fabricação de suprimentos médicos e necessidades diárias, terão permissão de retomar o trabalho.
Outras indústrias que impactam na cadeias de suprimentos nacionais ou globais também podem voltar a trabalhar com a permissão das autoridades relevantes, segundo o comunicado.
Restrições
A cidade de Qianjiang, em Hubei, contrariou a tendência, já que suas autoridades disseram que manterão as restrições de transporte rígidas, revogando uma diretriz anterior de retirar postos de verificação de tráfego e reativar o transporte público.
Entretanto, mesmo que algumas atividades estejam sendo retomadas, de forma geral, o governo de Hubei disse que os limites impostos aos transportes em Wuhan continuarão em vigor e as escolas da província continuarão fechadas.
Economia
Embora a economia ainda esteja operando cerca de 25% abaixo de seus níveis normais, a atividade deve ser totalmente restabelecida até o final de abril, previu Françoise Huang, economista-sênior da Euler Hermes, em uma nota aos clientes.
*Com informações da Agência Brasil.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.