Cientistas afirmam que sopa de morcego pode ter disseminado coronavírus
Consumida como iguaria na China, a refeição é servida com um morcego cozido, com a barriga aberta, dentro de uma tigela de sopa com legumes
A disseminação do novo coronavírus, conhecido cientificamente como 2019‐nCoV, entre humanos na China pode ter começado a partir do consumo de carne de morcegos e cobras. Os primeiros casos surgiram em Wuhan, na China, e desde então 17 pessoas já morreram devido à doença.
Autoridades chinesas afirmam que o número de pessoas infectadas pelo vírus chega em 571. O consumo de sopas de morcego é considerado uma iguaria e, normalmente, as refeições são consumidas com o morcego cozido, com a barriga aberta, dentro da tigela de sopa com legumes.
Em um estudo publicado nesta terça-feira (22) no Journal of Medical Virology, os cientistas Yu Chen, Qianyun Liu e Deyin Guo compararam o genoma de cinco amostras do coronavírus com mais de 200 vírus parecidos coletados em várias espécies.
A conclusão que a equipe de cientistas chegou foi de que o vírus nCoV teria alterado suas substâncias ao se conectar com as células de uma espécie de cobra e de morcegos, que não foram identificadas pelo estudo.
A cobra, que é predadora do morcego, também é consumida na China como iguaria – e pode ter contribuído para a disseminação do vírus como hospedeiro intermediário. Após a revelação do estudo, imagens da sopa de morcego têm viralizado nas redes sociais.
O novo vírus já está presente em, pelo menos, 13 províncias chinesas, além de regiões em Hong Kong e Macau, que confirmaram seus primeiros casos nesta quinta, além de, pelo menos, quatro pessoas afetadas na Tailândia, e uma em cada um desses países: Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Estados Unidos.
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