‘Coletes amarelos’ protestam contra brutalidade policial em frente à ONU
Centenas de manifestantes do movimento francês “coletes amarelos“protestam nesta quarta-feira (20) em frente à sede europeia das Nações Unidas em Genebra, na Suíça, contra a brutalidade policial. Além de cartazes pedindo a renúncia do presidente francês, Emmanuel Macron, os manifestantes exibiram imagens de vários dos 1.600 “coletes amarelos” que ficaram feridos, desde os protestos de novembro.
“Viemos denunciar a violência contra os “coletes amarelos”, uma violência que eu mesmo sofri”, disse Gérard, um mecânico de Lyon que relatou como a tropa de choque da polícia reprimiu várias manifestações na cidade. Eles usaram golpes de cassetete e bombas de gás lacrimogêneo contra os menifestantes. “Demonstramos que não éramos violentos, mas nos empurraram da Praça Bellecour [no centro de Lyon] para a estrada, colocando em perigo também os motoristas”, continuou ele.
Carregando cruzes amarelas, os manifestantes também lembraram algumas das vinte pessoas que morreram nos protestos. Uma dela é uma idosa de 80 anos, que foi morta há duas semanas em Marselha pelo impacto de uma bomba de gás lacrimogêneo.
“Aqui [em Genebra] normalmente se manifestam pessoas de todo o mundo contra as ditaduras, e a França é atualmente uma ditadura violenta”, afirmou Thierry, do coletivo Solidariedade e Resistência de Annecy. “Na França há um ataque contra a liberdade de pensamento, apesar de ser o país onde nasceram os direitos humanos”, continuou Thierry, enquanto os manifestantes começavam a cantar slogans de apoio à causa.
Thierry acrescentou que a intenção de levar o protesto à Suíça para denunciar o envolvimento deste país na repressão aos “coletes amarelos”. Isso porque parte do armamento dos policiais franceses, entre eles os rifles de bolas de borracha, são produzidos em fábricas suíças.
*Com informações da Agência EFE
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