Com Covid-19 em baixa, turistas voltam à cidade palestina de Belém para celebrar o Natal
Ministério do Turismo de Israel espera receber mais de 100 mil visitantes durante as festividades natalinas
Com o recuo da pandemia da Covid-19, a cidade palestina de Belém, onde nasceu Jesus segundo a tradição cristã, celebrou neste sábado, 24, o Natal, com um desfile ao som de tambores e gaitas de bandas locais, danças árabes, canções natalinas e a presença de milhares de fiéis. O desfile terminou com a entrada na Basílica da Natividade – erguida sobre o presépio em que Jesus nasceu – da principal autoridade da Igreja Católica na Terra Santa, Pierbattista Pizzaballa, que encabeçou a tradicional peregrinação de Jerusalém até Belém. O Patriarca Latino de Jerusalém celebrará às 23h30 locais (18h30 de Brasília), na Igreja Católica de Santa Catarina, ao lado da Basílica, a missa do galo. Antes, no entanto, ele precisou passar a pé pelo muro de concreto israelense que separa Belém da cidade Santa. “Vivemos tempos difíceis, mas a mensagem do Natal é sempre uma mensagem de paz”, afirmou Pizzaballa, que relembrou em tom de lamento a guerra na Ucrânia e a crescente violência na Cisjordânia, que neste ano alcançou níveis sem precedentes desde 2006, com 170 palestinos mortos em episódios violentos com Israel.
O governo de Belém concentra o maior número de palestinos cristãos, com mais de 33 mil pessoas e é o centro da celebração do Natal na Palestina, tanto para locais, como para peregrinos de todo o mundo. As celebrações de Natal em Belém recuperaram a antiga quantidade de turistas e peregrino depois de dois anos, devido à explosão da pandemia da Covid-19. O Ministério do Turismo de Israel espera receber neste período mais de 100 mil visitantes, o que permitirá concluir o ano com um total de 700 mil. A taxa de ocupação hoteleira ronda os 80%, ainda abaixo dos níveis de 2019, mas as reservas para o início do próximo ano apontam bons sinais para o turismo de Belém, principal fonte de receitas para a cidade e a maioria de seus habitantes. Isso, embora Israel – porta de entrada do turismo também para a Palestina – está tomando o controle do setor voltado para os cristãos, com tours por toda a Terra Santa, em que Belém é uma parada de um dia inteiro.
*Com informações da EFE
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