Conselho de Segurança da ONU volta a discutir guerra no Oriente Médio nesta segunda-feira

Encontro será mais uma tentativa de definir medidas para garantir o acesso da população da Faixa de Gaza à assistência humanitária e proteger os civis

  • Por Jovem Pan
  • 30/10/2023 06h16 - Atualizado em 30/10/2023 06h29
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EFE/EPA/EDUARDO MUNOZ conselho de segurança ONU Reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi convocada para abordar o atual conflito entre Israel e Hamas

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) realiza mais uma reunião de emergência nesta segunda-feira, 30, para tratar da guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza. Será mais uma tentativa de definir medidas para garantir o acesso da população de Gaza à assistência humanitária e proteger os civis. O Brasil preside o colegiado até esta terça-feira, 31. Desde a primeira reunião do Conselho de Segurança para debater o avanço da guerra, pelos menos quatro propostas de resoluções foram vetadas pelos países que fazem parte do órgão das Nações Unidas. Foram duas propostas da Rússia, uma do Brasil e outra dos Estados Unidos. O Conselho de Segurança da ONU é o responsável por zelar pela paz internacional. Ele tem cinco membros permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. O Itamaraty informou que o ministro de Relações ExterioresMauro Vieira, embarcou na noite deste domingo, 29, para Nova York, para participar da reunião desta segunda.

No último dia 18, o conselho rejeitou a resolução do Brasil para a guerra no Oriente Médio, que acontece desde o dia 7 de outubro após o ataque surpresa feito pelo grupo terrorista Hamas em Israel. A proposta brasileira teve 12 votos a favor, um contra e duas abstenções, do Reino Unido e da Rússia. Os Estados Unidos foram os responsáveis por vetarem a proposta do Brasil, alegando que no texto não há menção ao direito de Israel se defender. Para que uma resolução seja aprovada, é preciso ter os votos de pelo menos 9 dos 15 membros do conselho, incluindo os membros permanentes.  A representação brasileira no conselho tentou costurar um texto que atendesse os membros permanentes. Na resolução, havia a “condenação inequívoca” do Hamas por seus ataques a Israel, a libertação “imediata e incondicional” de todos os reféns civis, a revogação da ordem israelense para que civis e funcionários da ONU se desloquem para o sul de Gaza e pausas humanitárias para permitir o acesso à ajuda durante o conflito. Com a reunião, a diplomacia brasileira também pretendia colocar em votação uma resolução determinando a criação de um corredor humanitário na Faixa de Gaza.

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