Cônsul suspeito de ter participado da morte de Jamal Khashoggi é alvo de operação
Terminaram na manhã desta quinta-feira (18) as buscas feitas pela polícia da Turquia na casa do cônsul saudita em Istambul, Mohammed Otaibi. Eles investigam o caso do desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi.
Imagens dos agentes da unidade de investigação deixando o local carregando caixas de papelão e bolsas foram exibidas pela emissora turca NTV. A operação teve início apenas nesta quarta-feira porque, no dia anterior, os policias não tiveram acesso ao local devido à falta de cooperação das autoridades do país. Na última segunda-feira (15), o consulado também foi alvo de uma ação policial.
Segundo a imprensa saudita, Otaibi foi destituío do cargo. Ele teria viajado para Riad na terça.
O caso
Jamal Khashoggi, de 59 anos, era um jornalista crítico do governo saudita. Ele desapareceu no dia 2 de outubro, quando entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, para resolver questões burocráticas relacionadas ao seu casamento com a turca Hatice Cengiz. No entanto, ele nunca saiu do local, segundo autoridades do país. Os sauditas negam e afirmam que ele deixou o prédio, mas não apresentaram nenhum tipo de prova até o momento.
Os jornais americano The Washington Post e turco The Sabah indicam que há uma gravação de áudio que mostra que o jornalista foi assassinado. O arquivo teria sido gravado por um Apple Watch e recuperado em um dos celulares deixados com sua noiva do lado de fora do prédio. Outro periódico, o Yeni Safak, afirma que teve acesso ao conteúdo do áudio e que Khashoggi foi torturado e decapitado.
O que não se sabe, e o que a polícia procura descobrir, é se o cônsul al-Otaibi estava presente durante o assassinato.
*Com informações da Agência EFE
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