Continente africano teme segunda de casos e mortes por Covid-19
O aumento no número de infecções pelo novo coronavírus nas últimas semanas preocupam o Centro de Controle de Doenças (CDC) da África, devastada economicamente devido à pandemia
O Centro de Controle de Doenças da África (CDC África) lançou, nesta quinta-feira (15), um alerta para o aumento no número de infecções pelo novo coronavírus em diversos países do continente. O instituto teme que os africanos enfrentem uma segunda onda de contaminações da doença caso as medidas preventivas sejam afrouxadas. Segundo o órgão, desde o início do surto da Covid-19 a África teve 1,6 milhão de casos, sendo que 39 mil levaram o paciente à morte e 1,3 milhão se curaram.
A situação é especialmente crítica na África do Sul, atual epicentro africano da pandemia, no Marrocos, no Egito, onde foi detectado o primeiro contágio, na Etiópia e na Nigéria. Juntos, esses cinco países possuem 69% das infecções registradas em todo o continente. Os casos vinham diminuindo desde o pico da crise sanitária africana, que aconteceu em julho, mas voltaram a aumentar nas últimas quatro semanas. O virologista e diretor do CDC África, John Nkengasong, afirmou que nesse período foi registrado um aumento médio de 7% em novas infecções e de 8% em óbitos.
Os números estão relacionados ao relaxamento das medidas de contenção em países cujas economias entraram em colapso nos últimos meses. Porém, o diretor do CDC África acredita que uma segunda onda de contaminações seria ainda mais devastadora e pediu que os países abram suas economias “com segurança”. O continente africano é considerado o menos afetado pela pandemia do novo coronavírus quando os dados oficiais são analisados. No entanto, a real incidência da doença na região é desconhecida, visto que apenas 16,6 milhões de testes foram realizados em uma população de cerca de 1,3 bilhão de pessoas.
*Com informações da EFE
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