Coronavírus: França veta eventos fechados com mais de 5 mil pessoas

  • Por Jovem Pan
  • 29/02/2020 15h33
EFE/EPA/ATEF SAFADI Já são 73 casos do COVID-19 na França

O governo francês anunciou, neste sábado (29), que decidiu proibir eventos com mais de 5 mil pessoas em lugares fechados e grandes aglomerações ao ar livre como medida de precaução devido à expansão da epidemia de coronavírus, que já totaliza 73 casos na França.

Além disso, todos os eventos coletivos nas principais áreas afetadas, como o departamento de Oise, no norte, foram cancelados, segundo informou em entrevista coletiva o ministro da Saúde francês, Olivier Véran.

Entre os eventos cancelados neste sábado estão a conferência de mercado imobiliário MIPIM, que seria realizada de 10 a 13 de março em Cannes e foi adiada para junho; a meia maratona de Paris, que seria disputada no domingo, e o carnaval veneziano de Annecy, que ocorreria de 6 a 8 de março.

Os grandes eventos ao ar livre em questão são aqueles que podem reunir pessoas procedentes de áreas afetadas, como no caso da corrida parisiense de domingo. Cada situação será analisada individualmente.

No entanto, o governo não cogita cancelar a partida de domingo entre Lyon e Saint-Étienne porque não envolve times de áreas de risco.

Os dois principais surtos de coronavírus na França estão localizados em Oise e Haute-Savoie (leste). Em cinco municípios do primeiro e um do segundo, as escolas não abrirão na próxima segunda-feira.

A França está atualmente na fase 2 (de um total de 3) de ação contra uma epidemia, na qual as autoridades estão concentradas em conter a propagação do vírus no território. Na primeira, o objetivo era impedir a entrada no país.

Véran desaconselhou viagens para os países ou regiões afetados dentro e fora da União Europeia, e disse que qualquer pessoa que voltar dessas áreas deve seguir as diretrizes de precaução estabelecidas, como limitar os contatos sociais e medir a temperatura duas vezes por dia para detectar possíveis sintomas.

Dos 73 casos confirmados desde o final de janeiro na França, duas mortes foram registradas, 12 pessoas foram curadas e outras 59 permanecem no hospital.

O arcebispo da capital, Michel Aupetit, pediu aos párocos que deem a hóstia nas mãos, e não na boca, que não ofereçam a comunhão bebendo do cálice, que esvaziem as pias de água benta e que proponham aos fiéis não apertar as mãos.

*Com informações da Agência EFE

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