Cristina Kirchner diz que julgamento é ‘cortina de fumaça’ para crise econômica

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2019 14h16
EFE EFE A ex-presidente explicou a denúncia pelo twitter e negou todas as acusações; julgamento começa nesta terça-feira, 21

A senadora e ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner negou mais um vez as acusações de formação de quadrilha e fraude que pesam contra ela e disse que o julgamento, que tem início nesta terça-feira, 21, tem como objetivo criar uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção da crise econômica do país.

“Claramente não se trata de fazer justiça. Só armar uma nova cortina de fumaça que pretende desviar a atenção de argentinos e argentinas – cada vez com menos sucesso – sobre a dramática situação que nosso país e nosso povo vivem”, escreveu Cristina no Twitter.

Segundo as acusações, Cristina teria cometido supostas irregularidades na concessão de 52 contratos de obras públicas avaliados em 46 bilhões de pesos argentinos (cerca de R$ 4 bilhões). Os crimes teriam ocorrido na província de Santa Cruz, reduto da família Kirchner.

A Justiça acredita que ela e integrantes de seu governo criaram um sistema para se apoderarem de recursos alocados para diversos projetos.

“Trata-se de um novo ato de perseguição com um único objetivo: colocar uma ex-presidente de oposição ao atual governo no banco dos réus em plena campanha presidencial”, acrescentou Cristina, três dias depois de anunciar sua candidatura à vice-presidência do país.

Assim, a ex-presidente ressaltou que, “mais uma vez” e como “sempre” fez, voltará aos tribunais, aos quais comparece desde abril de 2016 por dezenas de casos.
Cristina relatou que foi convocada hoje por conta do início do julgamento do caso conhecido como “Vialidad”.

“Não se trata de uma denúncia original, mas de uma adaptação de denúncias que vêm desde 2008 armadas por deputados da Coalizão Cívica”, enfatizou a senadora.

“Para que se entenda: são licitações de obras públicas viárias realizadas por um órgão provincial subordinado ao Ministério da Economia e do governo da província”, acrescentou Cristina.

Nesse sentido, a ex-presidente insistiu que “jamais” interveio nos expedientes administrativos que foram realizados para essas obras e esclareceu que entre a Presidência da Nação e as obras denunciadas “existem 12 instâncias administrativas de caráter nacional e provincial”.

“As ‘provas’ pelas quais fui acusada são as leis nacionais de orçamento aprovadas por ambas as câmaras do Congresso da Nação, os DNU (decretos de necessidade e urgência) de ajustes orçamentários de toda a Administração Pública Nacional e as Decisões Administrativas ditadas pelos Chefes de Gabinete”, afirmou Cristina.

*Com EFE

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