Cuba diz que avião caiu em 2018 por falha humana; 112 morreram
O Instituto de Aeronáutica Civil de Cuba revelou na última quinta-feira, 16, que o acidente aéreo que deixou 112 mortos em 2018 aconteceu por uma série de erros da tripulação, que levaram à perda de controle da aeronave. As conclusões se baseiam na análise das caixas-pretas do avião.
“As causas mais prováveis do acidente foram as ações da tripulação e os erros nos cálculos de peso e balanço, que ajudaram na perda do controle e na queda da aeronave na decolagem”, informou o órgão estatal em comunicado.
O Boeing 737-200, alugado pela Cubana de Avación, empresa da mexicana Global Air, caiu em 18 de maio pouco depois de decolar em Havana com 113 pessoas a bordo. A única sobrevivente é a cubana Maylen Díaz Almaguer, de 20 anos, que ainda está internada em um hospital de Havana. O voo tinha a cidade de Holguín como destino.
Participaram das investigações a Junta Nacional de Segurança de Cuba, a Boeing e a autoridade aeronáutica do México.
O acidente foi o maior do setor de aviação em Cuba nos últimos 30 anos.
As caixas-pretas foram levadas aos Estados Unidos para que fossem analisadas pela Boeing, a fabricante da aeronave.
A queda do avião abalou ainda mais a reputação da Cubana de Aviación, companhia controlada pelo governo do país e que diminuiu as operações depois do episódio. Agora, a empresa faz apenas algumas rotas regionais.
Já a Global Air foi suspensa pelas autoridades do México pouco depois do acidente para ser alvo de uma grande investigação. Ex-funcionários da empresa denunciaram graves descumprimentos dos protocolos de revisão e manutenção das aeronaves alugadas.
*Com EFE
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