Decisão oficial sobre vitória de Maduro na Venezuela é contestada por 11 países das Américas

Chile, Argentina, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai rejeitaram nesta sexta-feira (23) o anúncio do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ)

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2024 14h58
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EFE/Ronald Peña R. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumprimenta-o na saída do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) esta quarta-feira, em Caracas (Venezuela). Maduro interpôs recurso de proteção à Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) no qual pede esclarecimentos CNE proclamou Maduro vencedor sem ter divulgado os resultados desagregados, algo que foi exigido pela comunidade internacional

Chile, Argentina, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai rejeitaram nesta sexta-feira (23) o anúncio do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que certificou a vitória do presidente do país, Nicolás Maduro, nas eleições de 28 de julho. Em comunicado conjunto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Chile, os governos dos 11 países duvidaram “da suposta verificação dos resultados do processo eleitoral de 28 de julho, emitida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, que pretende validar os resultados infundados emitidos pelo órgão eleitoral”.

“Nossos países já haviam expressado repúdio à validade da declaração do CNE, depois que os representantes da oposição não tiveram acesso à contagem oficial, à não divulgação das contagem oficial e à subsequente recusa em realizar uma auditoria imparcial e independente de todas elas”, acrescentaram. De acordo com esse argumento, lembraram que “a Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a República Bolivariana da Venezuela advertiu sobre a falta de independência e imparcialidade de ambas as instituições, tanto o CNE quanto o TSJ”.

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“Os países abaixo assinados reiteram que somente uma auditoria imparcial e independente dos votos, que avalie todos os registros, garantirá o respeito à vontade soberana do povo e à democracia na Venezuela. Como o restante da comunidade democrática internacional, continuaremos a insistir no respeito à expressão soberana do povo venezuelano, que se pronunciou pacífica e vigorosamente em 28 de julho”, enfatizaram.

Da mesma forma, expressaram profunda preocupação e rejeição às “violações de direitos humanos realizadas contra cidadãos que pacificamente exigem o respeito ao voto dos cidadãos e o restabelecimento da democracia”. A presidente do TSJ, a chavista Caryslia Rodríguez, que liderou a revisão judicial dos resultados, anunciou na quinta-feira que a Câmara Eleitoral validou os resultados das eleições de 28 de julho emitidos pelo CNE.

A maior coalizão opositora venezuelana, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), alega que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu a eleição presidencial por uma ampla margem e divulgou “83,5% das atas eleitorais” para reforçar sua reivindicação, que foi apoiada por vários países e organizações nacionais e internacionais.

O CNE proclamou Maduro vencedor sem ter divulgado os resultados desagregados, um ponto que estava contemplado no cronograma da disputa, algo que foi exigido por grande parte da comunidade internacional.

*Com informações da EFE
Publicado por Carolina Ferreira

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