Deslizamentos de terra no Quênia já deixaram 29 mortos

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2019 14h40
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EFE Deslizamento de terra quênia De acordo com a imprensa, entre os corpos encontrados estão os de sete menores de idade; o número de desaparecidos ainda é indeterminado

Ao menos 29 pessoas morreram soterradas na noite de sexta-feira (22) devido a vários deslizamentos de terra no condado de West Pokot, noroeste do Quênia, após dias de fortes chuvas, segundo dados oficiais.

“Entristece-nos confirmar que 12 pessoas de Tapach e Parua em Pokot Sul (sub-condado) e 17 de Tamkal (sub-condado) Pokot Central morreram”, confirmou neste sábado o Ministro do Interior, Fred Matiang’i, em comunicado.

Pessoas, animais e até casas inteiras foram arrastados pela lama nos povoados de Nyarkulian e Parua, onde, segundo as autoridades, 12 corpos já tinham sido resgatados até o meio-dia (horário local).

De acordo com a imprensa local, entre os corpos encontrados estão os de sete menores de idade. Como o número de desaparecidos ainda é indeterminado, a contagem de mortos provavelmente mudará.

“O governo enviou helicópteros militares e policiais para expandir o resgate e responder às necessidades imediatas das famílias afetadas”, acrescentou Matiang’i, que destacou as dificuldades de intervenção devido às más condições climáticas e à destruição da infraestrutura.

O presidente queniano, Uhuru Kenyatta, prestou as suas condolências às famílias afetadas e lembrou que as equipes de resposta a catástrofes, juntamente com a Polícia Nacional e o Exército, se uniram às operações de salvamento.

“Para aqueles cujos entes queridos ainda não foram encontrados, eu garanto que a operação de resgate multi-agência continuará até que cada pessoa desaparecida seja encontrada”, declarou o chefe de estado queniano.

Nos últimos dois meses, chuvas torrenciais constantes, deslizamentos de terra e inundações, especialmente na parte norte do Quênia, causaram a morte de pelo menos 48 pessoas e afetaram outras 144 mil de alguma forma, informou o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) no último dia 7.

Ecologistas, ONGs e membros da comunidade científica estão alertando sobre como a crise climática está aumentando a frequência e a gravidade de numerosos eventos climáticos extremos, como secas, fases de desertificação, inundações ou tempestades no país africano.

*Com informações da EFE

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