Diretor do FBI deixa cargo antes da posse de Trump

Decisão de Wray ocorre em meio a pressões do presidente eleito, que já nomeou Kash Patel como seu sucessor; indicado do presidente eleito precisará passar por sabatina no Senado

  • Por Jovem Pan
  • 12/12/2024 18h08 - Atualizado em 12/12/2024 18h10
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Mark Wilson/Getty Images/AFP O diretor do FBI, Christopher A. Wray, testemunha ao lado da secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, durante uma audiência do Comitê de Segurança Interna e Assuntos Governamentais do Senado no Capitólio O diretor do FBI, Christopher A. Wray, testemunha ao lado da secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, durante uma audiência do Comitê de Segurança Interna e Assuntos Governamentais do Senado no Capitólio

O diretor do FBI, Christopher Wray, anunciou sua decisão de deixar o cargo antes da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. A decisão de Wray ocorre em meio a pressões do presidente eleito, que já nomeou Kash Patel como seu sucessor. Patel, uma figura controversa no meio político, não possui experiência direta com o FBI, mas tem um histórico no Departamento de Justiça dos EUA. A saída de Wray é vista por analistas como uma tentativa de preservar a independência do FBI diante das críticas e alegações de politização feitas por Trump e seus aliados.

Esta não é a primeira vez que Trump influencia a liderança do FBI. Wray é o segundo diretor a ser afastado por ele, após a demissão de James Comey em 2017. A renúncia de Wray ocorre antes do término de seu mandato de dez anos, e ele afirmou que sua decisão foi motivada pelo desejo de proteger a independência da instituição. Patel, indicado como substituto, ainda precisa ter seu nome aprovado pelo Senado, onde será sabatinado. Com a maioria republicana no Senado, espera-se que ele seja aprovado, apesar de suas propostas polêmicas, como o fechamento da sede do FBI.

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Durante sua gestão, Wray implementou reformas significativas, incluindo mudanças no uso de mandados FISA (silga em inglês para Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira) e investigações relacionadas ao ataque de 6 de Janeiro, além de um foco em ameaças da China. Democratas elogiam o trabalho de Wray e expressam preocupação com o futuro do FBI sob a nova liderança. Por outro lado, republicanos veem a troca como uma oportunidade para reformar a instituição. Críticos temem que a mudança possa sinalizar uma politização ainda maior do FBI no novo governo.

*Com informações de Eliseu Caetano

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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