Doença inflamatória grave em crianças preocupa governos europeus

Fernando Frazão/Agência Brasil Associações de pediatria do Reino Unido, da Itália e da Espanha pediram aos médicos que ficassem atentos a crianças

O ministro da Saúde de França, Olivier Véran, garantiu nesta quarta-feira (29) levar “muito a sério” o aparecimento de casos de crianças com doença inflamatória grave no país. Segundo ele, ainda não há provas que associem a síndrome ao novo coronavírus.

Países como a Itália, Espanha e Suiça também registraram casos, disse Véran. As autoridades de saúde britânicas lançaram na segunda-feira (27) um alerta sobre um aumento nos casos de crianças com sintomas parecidos com a doença de Kawasaki, uma síndrome vascular que afeta crianças e tem causa permanece desconhecida.

“Têm febre, distúrbios digestivos e inflamação vascular generalizada, o que pode causar insuficiência cardíaca [mas] que eu saiba, felizmente nenhuma criança morreu dessas doenças raras”, afirmou o ministro que admitiu que em alguns países as crianças testaram positivo para a covid-19.

“Eu levo isso muito, muito a sério. Não temos absolutamente nenhuma explicação médica neste momento. Será que se trata de uma reação inflamatória que desencadeia uma doença preexistente em crianças infectadas com o vírus ou outra doença infecciosa? Há muitas perguntas.”

Estudos

Olivier Véran afirmou que deseja “mobilizar a comunidade científica e de saúde da França e no estrangeiro para obter o máximo de dados possível que permitam verificar se há motivos para estabelecer uma ligação entre o coronavírus e esta condição”.

Na terça-feira (28), associações de pediatria do Reino Unido, da Itália e da Espanha pediram aos médicos que ficassem atentos a crianças que apresentem uma condição inflamatória rara porque a doença pode estar ligada ao novo coronavírus.

De acordo com autoridades do Reino Unido, “nas últimas três semanas houve um aumento aparente, em Londres e também em outras regiões do Reino Unido, do número de crianças de todas as idades com um estado inflamatório multissistêmico que requer cuidados intensivos”.

*Com informações da Agência Brasil