Dos 64 mortos em shopping da Sibéria, 41 eram crianças

  • Por EFE
  • 27/03/2018 09h44
EFE/ Fedor Baranov Flores colocadas em memória às vítimas do incêndio em shopping de Zimnyaya Vishnya, em Kemerovo, na Rússia

Das 64 pessoas mortas no incêndio no último domingo em um shopping da cidade de Kemerovo, na Sibéria, 41 são crianças, segundo as listas divulgadas nesta terça-feira pelo gabinete de crise organizado pelos familiares das vítimas, informaram veículos de imprensa locais.

Um grupo de cidadãos que visitou hoje o necrotério de Kemerovo confirmou os números de mortos divulgados pelas autoridades.

“Há uma lista de 64 falecidos. Examinamos os corpos, a julgar pelos seus tamanhos, havia cerca de 20 adultos e o resto eram crianças”, disse um dos membros do grupo na concentração que acontece em frente à sede da administração regional de Kemerovo, segundo a agência “Interfax”.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, que no início da manhã depositou flores no local da tragédia, se reuniu com esse grupo de cidadãos no necrotério e prometeu que “todos os culpados serão punidos”.

Em reunião com autoridades locais e federais transmitida ao vivo pela televisão, o líder foi informado das medidas de assistência aos familiares dos mortos e feridos, assim como dos primeiros avanços da investigação.

O presidente do Comitê de Instrução da Rússia (CIR), Alexcandr Bastrikin, afirmou que o incêndio teve início em uma praça de jogos infantis no quarto andar do shopping, de nome “Zimnaya Vishnia” (Cereja de Inverno).

“Há duas hipóteses: uma, um curto-circuito provocado por defeitos do sistema elétrico, e a outra – que acreditamos ser muito menos possível – é que alguém tenha acendido um fogo”, disse.

Bastrikin afirmou que logo após o início do incêndio “a maior parte do pessoal (do shopping) fugiu, abandonando as crianças e seus pais”.

“Os funcionários responsáveis pela segurança, de organizar a evacuação, foram primeiros em sair correndo”, denunciou Bastrikin, acrescentando que entre os funcionários do shopping “praticamente não tiveram vítimas”.

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