Entenda o que acontece no Oriente Médio após cessar-fogo entre Israel e Irã

Apesar do acordo, as tensões permanecem, e a paz duradoura ainda parece distante; Israel é visto como o lado vitorioso, já o Irã, que sofreu perdas significativas, foi militarmente derrotado

  • Por da Redação
  • 24/06/2025 19h26
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Jack Guez /EFE/EPA/Pool O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, faz uma declaração durante visita ao Instituto Weizmann de Ciências, atingido por mísseis iranianos na cidade de Rehovot Governo de Benjamin Netanyahu, mesmo diante de críticas internacionais, conseguiu apoio em sua ofensiva militar

O recente cessar-fogo mediado por Donald Trump e o Qatar entre Israel e o Irã trouxe um alívio temporário para os civis afetados pelo conflito, mas não aborda as questões centrais que alimentam a disputa. Apesar do acordo, as tensões permanecem, e a paz duradoura ainda parece distante. Israel é amplamente visto como o lado vitorioso, uma vez que o governo de Benjamin Netanyahu, mesmo diante de críticas internacionais, conseguiu apoio em sua ofensiva militar. Por outro lado, o Irã, que sofreu perdas significativas, foi militarmente derrotado, com suas defesas aéreas sendo neutralizadas durante os confrontos. Embora a teocracia iraniana tenha enfrentado um desgaste considerável, ela continua no poder e pode reivindicar uma forma de vitória ao afirmar que resistiu à agressão de Israel. Essa narrativa pode ser utilizada pelo regime para fortalecer sua posição interna, apesar das dificuldades enfrentadas.

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Os Estados Unidos, sob a liderança de Trump, demonstraram sua capacidade militar, mas o presidente buscou uma rápida desescalada do conflito. O ataque ao programa nuclear iraniano conseguiu atrasar seu desenvolvimento, mas a extensão dos danos ainda é incerta, e a ameaça de o Irã avançar em sua capacidade nuclear persiste. A relação entre os EUA e o Irã continua tensa, com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) desempenhando um papel crucial na supervisão do programa nuclear iraniano. No entanto, a complexidade da situação torna difícil prever os próximos passos e a estabilidade na região.

Enquanto isso, o Qatar está tentando facilitar um novo cessar-fogo em Gaza, mas essa iniciativa pode trazer à tona questões delicadas para Netanyahu. O primeiro-ministro enfrenta um dilema entre a pressão interna e a urgência de lidar com a crise humanitária que se agravou durante o conflito. Além disso, os houthis do Iémen, que são aliados do Irã, podem permanecer em uma posição de retaguarda após o cessar-fogo, o que pode complicar ainda mais a dinâmica regional.

Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA

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