Erdogan anuncia início da ofensiva militar contra curdos na Síria

  • Por Jovem Pan
  • 09/10/2019 11h21 - Atualizado em 09/10/2019 11h24
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EFE Operação contra curdos e estado islâmico A ofensiva começou pouco após Erdogan agradecer por telefone ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, pela "postura construtiva"

A Turquia deu início nesta quarta-feira (9) à Operação Fonte de Paz, a ofensiva militar na Síria contra as milícias curdo-sírias. O anúncio foi feito através do Twitter pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

“As Forças Armadas turcas iniciaram, junto com o Exército Nacional Sírio, a Operação Fonte de Paz no norte da Síria”, divulgou o chefe de Estado turco na rede social, utilizando o novo nome das milícias sírias aliadas das tropas turcas (anteriormente eram conhecidas como Exército Livre da Síria).

Erdogan detalhou que a operação é voltada contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e as milícias curdo-sírias Unidades de Proteção do Povo (YPG), que dominam o nordeste da Síria e até a semana passada eram apoiadas pelos Estados Unidos.

“Preservaremos a integridade territorial da Síria e libertaremos as comunidades locais das garras dos terroristas”, acrescentou o Erdogan, em referência às YPG.

Ao mesmo tempo, caças turcos começaram a bombardear a cidade de Ras al-Ayn, no nordeste da Síria. A emissora CNNTürk mostrou ao vivo as imagens das colunas de fumaça procedentes da cidade – localizada na fronteira com a Turquia e controlada pelas YPG – e relatou o barulho contínuo de caças sobrevoando a região.

A ofensiva começou pouco após Erdogan agradecer por telefone ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, pela “postura construtiva” apresentada em relação à ofensiva turca.

A Turquia pretende controlar uma faixa de 32 quilômetros de largura e 480 de comprimento adjacente à fronteira síria, do rio Eufrates até o Iraque. Esse território é atualmente dominado pelas milícias curdo-sírias Unidades de Proteção do Povo (YPG), que estabeleceram um governo local que preocupa Ancara.

O governo turco considera terroristas as YPG devido aos vínculos dessas milícias com o grupo armado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), ativo em solo turco.

*Com informações da EFE

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