Escolas canadenses pedem indenização ao Tiktok, Instagram, Snapchat e Facebook
Institutos educacionais argumentam que aplicativos são viciantes e desestimulam o estudo; valor da ação chega a 4,5 bilhões de dólares canadenses
Nesta quinta-feira (28), as principais conselhos de escolas do Canadá anunciaram que apresentaram ações judiciais contra as redes sociais TikTok, Instagram, Facebook e Snapchat. O valor da ação é de 4,5 bilhões de dólares canadenses, o equivalente a R$ 16,5 milhões. O motivo seria os danos causados aos alunos das escolas, pois os aplicativos seriam “viciantes” para os menores de idade. Assim, maximizam seus benefícios econômicos em detrimento da saúde mental e do bem-estar dos estudantes. Outra consequência do uso das redes é a facilidade ao assédio, mensagens de cunho racistas e de ódio, ataques físicos, além de desinformação. As escolas acreditam também que ao usufruir desses aplicativos, os estudantes acabam gerando mais despesas aos colégios, que precisam encontrar medidas para lidar com as situações e, assim, acabam gastando mais. “Os acusados agiram de maneira prepotente, imprudente, maliciosa e repreensível, sem a devida consideração pelo bem-estar da população estudantil e do sistema educacional”, afirma a ação movida pelo Conselho Escolar do Distrito de Toronto, o Conselho Escolar Católico do Distrito de Toronto, o Conselho Escolar do Distrito de Ottawa-Carleton e o Conselho Escolar do Distrito de Peel.
Além de compensações financeiras, as quatro escolas canadenses — que são os maiores conselhos escolares do país — solicitam que as empresas responsáveis pelas quatro plataformas (Meta para Facebook e Instagram, ByteDance para TikTok e Snap para Snapchat) alterem o design dos aplicativos. “Os alunos estão enfrentando crises de atenção, aprendizagem e saúde mental devido ao uso prolífico e compulsivo de produtos de mídia social. As consequências do uso compulsivo de mídia social entre os alunos estão causando enormes tensões nos recursos limitados dos quatro conselhos escolares”, explicaram as escolas em um comunicado.
*Com informações da EFE
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