Eslovênia segue passos de Espanha, Irlanda e Noruega e reconhece Palestina como Estado

Proposta foi aprovada por 52 dos 90 parlamentares, sem participação da oposição conservadora, que boicotou a sessão

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2024 19h15
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EFE/EPA/MATIJA SUSNIK eslovênia Fotografia disponibilizada pela Assembleia Nacional da Eslovénia mostra o primeiro-ministro da Eslovénia, Robert Golob, dirigindo-se aos membros da assembleia em Ljubljana

O Parlamento da Eslovênia, país-membro da União Europeia e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aprovou, nesta terça-feira (4), um decreto que reconhece a Palestina como Estado, depois de rejeitar uma moção opositora que propunha o adiamento da votação por trinta dias. A proposta foi aprovada por 52 dos 90 parlamentares, sem participação da oposição conservadora, que boicotou a sessão. Com a decisão, a Eslovênia soma-se, a Espanha, Irlanda e Noruega, que em 28 de maio reconheceram a Palestina, causando indignação em Israel. Com o decreto, a Eslovênia reconhece o Estado da Palestina dentro das fronteiras demarcadas por uma resolução da ONU de 1967 ou por qualquer futuro acordo de paz alcançado entre as partes. A questão do reconhecimento da Palestina veio à tona com a guerra entre Israel e Hamas, que completa oito meses no próximo dia 7. Na semana passada, o chanceler israelense, Israel Katz, instou os deputados eslovenos a votar contra o reconhecimento da Palestina como Estado, afirmando que a aprovação equivaleria a “recompensar” o movimento islamista Hamas.

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O Partido Democrático Esloveno (SDS), do ex-primeiro-ministro conservador Janez Jansa, apresentou na segunda-feira uma moção que pedia a organização de um referendo sobre o decreto de reconhecimento da Palestina. A proposta só deveria ser discutida em 17 de junho e, em caso de rejeição, como era esperado, poderia-se retomar o processo de reconhecimento 30 dias depois, segundo as normas legislativas. Mas a presidente do Parlamento, Urska Klakocar Zupancic, considerou, nesta terça-feira, que a oposição havia “abusado do mecanismo de referendo” e que o prazo de 30 dias se aplicava somente aos projetos de lei e não aos decretos. Em uma sessão caótica de seis horas, Jansa acusou a coalizão de centro esquerda no poder de “violação dos procedimentos” e abandonou o hemiciclo junto aos deputados de seu partido.

*Com informações da AFP

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