Estado Islâmico ataca caravana de cristãos no Egito; 7 pessoas morreram

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2018 16h37 - Atualizado em 05/11/2018 16h42
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Reprodução Reprodução Em 2017, o grupo terrorista vitimou pelo menos 100 cristãos em emboscadas

Na última sexta-feira (2), três ônibus que levavam cristãos para o Monastério de São Samuel, o Confessor, no sul do Cairo, capital do país, foram atacados por extremistas de uma filial do Estado Islâmico ativa na península do Sinai. Pelo menos 7 pessoas morreram e outras 19 ficaram feridas.

As autoridades egípcias reagiram com violência e divulgaram a morte de 19 milicianos em troca de tiros. Entre eles estariam suspeitos de participação no ataque. O grupo estava escondido em um imóvel no deserto, próximo a província de Minya, ao sul do Cairo. Apesar da divulgação da emboscada contra os milicianos, o governo egípcio não disse como descobriram o local e como sabiam que entre os mortos estavam os suspeitos do ataque a caravana.

Uma sobrevivente, Ainda Shehata, disse à emissora TV Coptic que homens mascarados surgiram atirando de todos os lados. Ela contou ainda que dois dos três ônibus da caravana conseguiram chegar ao monastério, mas o terceiro ônibus foi interceptado e seis passageiros e o motorista foram assassinados. Entre os mortos estão o marido e o cunhado dela, que escapou ferida com um tiro na perna.

O Papa Francisco pediu que aos fiéis na Praça de São Pedro para que direcionassem suas orações aos “”peregrinos mortos pelo mero fato de serem cristãos” e suas famílias.

Não foi a primeira vez

Em maio de 2017, um outro ataque, nos mesmos moldes, deixou 30 mortos. Ao longo daquele ano, outros ataques lançariam o número de mortos para a casa das centenas com, no mínimo, 100 assassinatos.

Os cristãos são um grupo minoritário no país de maioria islâmica. Representam cerca de 10% da população total, de aproximadamente 100 milhões. Todos os ataques aos cristãos, até o momento, foram reivindicados pelo Estado Islâmico, em guerra há pelo menos quatro anos na península do Sinai, na fronteira do Egito com a Líbia.

*com informações de Estadão Conteúdo

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