Nos Estados Unidos, mais de 38 milhões solicitaram auxílio desemprego

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2020 13h46
EFE/Bryan R. Smith Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia.

Com nove semanas de impacto pela Covid-19, o mercado de trabalho nos Estados Unidos segue sentindo os efeitos da pandemia, com mais de 38,6 milhões de pessoas solicitando auxílio desemprego, sendo 2,43 milhões na semana passada, segundo informou nesta quinta-feira o Departamento do Trabalho do país.

O benefício foi estendido a trabalhadores independentes e contratantes, como motoristas de Uber e de empresas similares, que foram incluídos no programa temporário do governo federal.

Na semana anterior, 2,23 milhões de pessoas fizeram a solicitação do seguro desemprego. Para aliviar o impacto econômico provocado pela pandemia, o Federal Reserve (Fed) fez grandes injeções de liquidez nos mercados financeiros, compras de dívidas e reduziu as taxas de juros para praticamente 0%.

O presidente do Fed, Jerome Powell, pediu ao Congresso que sejam tomadas medidas fiscais adicionais para lidar com a “crise sem precedentes”.

“É um momento de grande sofrimento e dificuldade. Chegou tão rápido e com tanta força que você realmente não consegue expressar as dores que as pessoas estão sofrendo e a incerteza que estão enfrentando”, disse Powell.

Média alta

O número médio de solicitações para o auxílio desemprego nas últimas quatro semanas, foi de 3,04 milhões, o que indica redução na comparação com a média da semana anterior, que foi de 3,54 milhões. O recorde nos pedidos do benefício foi registrado na última semana de março, com contabilização de 6,2 milhões.

Na semana que terminou em 9 de maio, pouco mais de 25 milhões de pessoas estavam recebendo o auxílio, contra 22,5 milhões que recebiam na semana anterior, segundo dados do governo.

Os dados oficiais apontam que a taxa de desemprego nos EUA passou de 4,6% da força de trabalho em março para 14,7% no mês seguinte, com maior impacto entre os trabalhadores latinos-americanos, com uma taxa de desemprego de 18,9%, e negros com 15%.

Os analistas estimam que, somando todos os programas de subsídio, o desemprego atinge quase 18% da força de trabalho. Esse cálculo supera em muito a taxa de desemprego de 10% estabelecida em outubro de 2009, quando o país emergiu da Grande Recessão, e está próxima das marcas da Grande Depressão na década de 1930.

Os analistas estimam que, se a retomada gradual das atividades não provocar um novo surto da pandemia, a taxa de desemprego continuará caindo e será de cerca de 10% até o fim do ano.

*Com informações da EFE

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