França: Avançam estudos sobre uso de remédio antiartrite para o coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 28/04/2020 08h20
Cadu Rolim/Estadão Conteúdo cápsula de remédio escrito Covid-19 O estudo trabalha o fato de alguns pacientes infectados sofrerem um agravamento repentino de sua condição após vários dias, causando desconforto respiratório agudo

Cientistas tiveram avanços nos resultados de testes de aplicação de remédios contra artrite reumatoide contra o novo coronavírus na França. Ao todo, 129 pessoas hospitalizadas em 13 hospitais foram incluídas no estudo

Segundo a Assistência Pública-Hospital de Paris (AP-HP), responsável pela pesquisa, o remédio, conhecido como tocilizumabe, do laboratório Roche, reduziu “significativamente” a proporção de pacientes que tiveram de ser transferidos para terapia intensiva, ou morreram, em comparação com aqueles que receberam tratamento padrão.

O estudo trabalha o fato de alguns pacientes infectados sofrerem um agravamento repentino de sua condição após vários dias, causando desconforto respiratório agudo. Fenômeno que está, provavelmente, ligado a uma reação imune excessiva do corpo, que é combatida pela substância.

Os resultados ainda serão “consolidados” e publicados, em algumas semanas, em uma revista científica. Entretanto, a AP-HP decidiu publicar previamente os resultados “por razões de saúde pública”.

Outros medicamentos

Um estudo da biotecnologia Regeneron Pharmaceuticals com a empresa farmacêutica francesa Sanofi S.A. detectaram que o remédio Kevzara, também contra artrite, pode ajudar os doentes em estágio avançado. Os dados mostram, porém, que o remédio não ajudou pacientes considerados graves, os que precisam de ventilação mecânica ou estão na UTI.

Embora os resultados apresentem avanços positivos, ainda é necessário mais testes para garantir a eficácia dos remédios. “Aguardamos os estudos para tirar a dúvida, porque o uso dessas medicações foi descrito de forma isolada. É preciso verificar também se o remédio é para todos”, explica o infectologista Esper Kallás, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da USP.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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