EUA ajudaram a evitar grande ataque na Rússia, dizem Kremlin e Casa Branca
Os Estados Unidos forneceram à Rússia informações de inteligência que ajudaram a evitar um ataque com bomba potencialmente fatal em São Petersburgo, disseram ontem (17) autoridades norte-americanas e russas, em uma rara demonstração pública de cooperação, diante das tensões entre os dois países nos últimos tempos. A informação é da Reuters.
O presidente russo, Vladimir Putin, telefonou ao presidente norte-americano, Donald Trump, neste domingo, para agradecê-lo pela informação dos EUA, que o Kremlin disse ter ajudado a evitar um ataque com bomba contra a Catedral Kazansky de São Petersburgo, uma atração turística popular da segunda maior cidade do país, e em outros pontos da metrópole onde grande número de pessoas se concentra, informou o comunicado do Kremlin.
Segundo as autoridades russas, o alerta do governo americano permitiu que agências de segurança do país prendessem os suspeitos antes deles levarem seus planos a cabo. A Casa Branca não revelou detalhes sobre o complô, mas disse que o ataque “poderia ter matado um grande número de pessoas”. Os governos da Rússia e dos EUA não identificaram os detidos.
A Casa Branca indicou que a descoberta do complô é um sinal do que Washington e Moscou são capazes de fazer se cooperarem. “Os dois líderes concordam que isto serve como exemplo das coisas positivas que podem ocorrer quando nossos países trabalham juntos”, disse o governo americano, acrescentando que Trump agradeceu a ligação de Putin.
Relações estremecidas
As relações entre Washington e Moscou vêm sendo prejudicadas por desentendimentos relativos às guerras na Ucrânia e na Síria, embora Trump tenha prometido tentar melhorar os laços bilaterais durante sua campanha eleitoral.
Esse empenho foi dificultado por alegações norte-americanas – negadas pela Rússia – de que o Kremlin interferiu na eleição presidencial dos EUA no ano passado para ajudar Trump a vencer.
Autoridades russas dizem que Putin não acredita que o líder republicano tenha culpa pelas tensões. O telefonema de domingo entre os dois líderes foi, no mínimo, o segundo do tipo nos últimos dias – na última quinta-feira (14) os dois debateram a crise na Coreia do Norte.
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