EUA alertam Israel que operação não planejada em Rafah seria um ‘desastre’

Benjamin Netanyahu ordenou que o Exército israelense se prepare para atacar a fronteira com Egito, onde há mais de um milhão de deslocados internos

  • Por Sarah Américo
  • 08/02/2024 18h06
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SAID KHATIB / AFP rafah Palestinos inspecionam um apartamento destruído no bombardeio israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza

Um dia após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenar que o Exercito israelense se prepare para uma operação em Rafah, cidade que abriga milhões de deslocados internos por causa da guerra, que completou quatro meses na quarta-feira, 7, os Estados Unidos, aliados de Israel e que tentam negociações de paz para cessar-fogo na região, advertiram os israelenses e disse que uma operação não planejada em Rafah, localizada no sul do enclave palestino, correr o risco de ser um desastre. “Ainda não vimos nenhuma prova de um planejamento sério de uma operação deste tipo e realizar uma operação deste tipo agora sem planejamento e sem reflexão em uma área onde se abriga um milhão de pessoas seria um desastre”, declarou à imprensa o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel.

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Há vários dias, teme-se uma ofensiva em Rafah, cidade fronteiriça com o Egito, que agora abriga a maioria da população do território palestino, que fugiu para o sul devido aos combates travados desde outubro. Rafah fica localizada a fronteira com o Egito e por onde estava sendo realizada a retirada e reféns, estrangeiros, feridos e a entrada de medicamento no enclave palestino que vive uma crise humanitária desencadeada pelo cerco imposto por Netanyahu logo no começo da guerra. Mais de 1,3 milhão de deslocados, cinco vezes a população inicial da cidade, estão em Rafah em condições desesperadoras, segundo a ONU. Na quarta, Netanyahu rejeito a proposta do Hamas para uma trégua, que possibilitaria o fim das hostilidade e a troca de reféns e prisioneiros palestinos, e disse que a vitória israelense é questão de tempo. Em discurso televisionado, Netanyahu também considerou que cumprir as demandas do movimento islamista palestino Hamas só “levaria a outro massacre”.

*Com informações da AFP

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