EUA defendem OEA como ‘veículo’ para resolver crise na Venezuela

Governos do Brasil, Colômbia e México, que mantêm relações com Maduro, estão tentando liderar um esforço de mediação

  • Por Jovem Pan
  • 14/08/2024 07h31
  • BlueSky
Reprodução/@OEA_BR - 02/10/2018 OEA Os EUA rejeitam a vitória de Maduro, que foi proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) após as eleições de 28 de julho

Os Estados Unidos defenderam nesta terça-feira (13) que a Organização dos Estados Americanos (OEA) deve servir como “veículo” para resolver a crise pós-eleitoral na Venezuela após a reeleição do presidente Nicolás Maduro com um resultado questionado dentro e fora do país. “É nossa esperança e nosso objetivo: usar a OEA como um veículo para isso”, disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado americano, Vedant Patel, em entrevista coletiva. Patel fez a declaração em referência ao telefonema entre o secretário de Estado, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, na segunda-feira, no qual eles divergiram sobre o papel que o órgão pan-americano com sede em Washington deve desempenhar na Venezuela. Blinken enfatizou que a região deve “falar com uma só voz, incluindo a Organização dos Estados Americanos”, de acordo com comunicado do Departamento de Estado. Já Murillo reiterou sua “posição em relação ao papel da OEA”, de acordo com uma nota do Ministério das Relações Exteriores da Colômbia.

Os governos de Brasil, Colômbia e México, que mantêm relações com Maduro, estão tentando liderar um esforço de mediação para encontrar uma saída para a crise e, em 1º de agosto, por meio de abstenção ou ausência, impediram que o Conselho Permanente da OEA aprovasse uma resolução pedindo a verificação dos resultados das eleições na Venezuela. O governo do presidente colombiano, Gustavo Petro, justificou a abstenção dizendo que a OEA não é “o fórum apropriado” para tratar da situação na Venezuela, já que o país está fora da organização há anos. Os EUA rejeitam a vitória de Maduro, que foi proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) após as eleições de 28 de julho, sem que os resultados eleitorais tenham sido detalhados.

*Com informações da EFE 
Conteúdo publicado por Luisa Cardoso

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.