EUA e Rússia rompem tratado assinado no fim da Guerra Fria

  • Por Jovem Pan
  • 02/08/2019 11h42 - Atualizado em 02/08/2019 12h08
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EFE Os países da OTAN lamentaram que a Rússia "não tenha mostrado vontade" e nem tenha adotado medidas "para retornar ao cumprimento de suas obrigações internacionais"

Os Estados Unidos e a Rússia romperam nesta sexta-feira (2) o tratado assinado pelos países no fim da Guerra Fria. O documento previa o desarmamento de mísseis de curto e médio alcance e foi assinado pela União Soviética URSS e os EUA em 1987.

Mike Pompeo, o secretário de Estado americano, anunciou a saída formal da capital dos Estados Unidos em um fórum regional em Bangkok, na Tailândia, pouco depois da antiga URSS ter declarado o fim do acordo.

A OTAN responsabilizou a Rússia pelo fracasso do tratado e apoiou Washington na sua decisão de se retirar do mesmo. “A Rússia é a única responsável pelo fim do tratado. Não é sustentável uma situação na qual os Estados Unidos cumprem plenamente as regras e a Rússia não”, afirmou a Aliança.

A declaração ainda acrescenta que Moscou continuou “violando” as disposições do mesmo apesar das advertências dos aliados e que, como resultado, agora se torna efetiva a decisão dos EUA, de se retirar do INF, “plenamente apoiada pelos aliados da OTAN.”

Os países da organização lamentaram que a Rússia “não tenha mostrado vontade” e nem tenha adotado medidas “para retornar ao cumprimento de suas obrigações internacionais”, apesar do compromisso dos Estados Unidos e dos aliados.

A OTAN advertiu, além disso, que responderá “de maneira mesurada e responsável” aos muitos “riscos” que representa para a segurança o míssil de cruzeiro russo Novator 9M729 (SSC-8, segundo a classificação da OTAN).

“Acordamos um pacote de medidas equilibradas, coordenadas e defensivas para assegurar que a postura de dissuasão e defesa da OTAN siga sendo crível e efetiva”, acrescentou.

A OTAN lembrou o compromisso dos aliados em manter o controle das armas internacionais, o desarmamento e a não-proliferação, e afirmou que seguirão defendendo, apoiando e fortalecendo esses objetivos.

No entanto, a organização afirmou que segue “aspirando uma relação construtiva com a Rússia, quando as ações da Rússia fizerem isso ser possível.”

*Com informações da EFE

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